Nos últimos dias, um vídeo gravado em um voo da companhia Gol repercutiu amplamente nas redes sociais, mostrando uma situação em que uma passageira se negou a trocar de assento com uma criança que chorava. O caso gerou intenso debate envolvendo temas como direitos do consumidor, proteção de imagem e empatia em situações cotidianas.
A mulher, identificada como Jeniffer Castro, estava em um assento próximo à janela usando fones de ouvido. Filmada sem consentimento, a cena foi compartilhada por uma terceira passagem e publicada pela família da criança, acompanhada de críticas à atitude de Jeniffer.
Relato da passageira
Em entrevista ao Programa Encontro, na Rede Globo, na manhã desta sexta-feira (6), Jeniffer relatou ter sido insultada pela mãe da criança, que a teria chamado de “imbecil” ao final do voo. Visivelmente abalada, ela afirmou estar preocupada com sua segurança devido à exposição online e revelou que já está tomando medidas legais contra o ocorrido.
“Estou mais preocupada com a minha segurança”, desabafou Jeniffer, que afirmou estar recebendo inúmeras mensagens de pessoas que querem saber onde ela mora.
Entenda o caso
Enquanto a intenção inicial do vídeo era criticar a postura da passageira, muitos internautas saíram em sua defesa, destacando que Jeniffer ocupava um assento especial, adquirido mediante pagamento adicional ao valor da passagem. No caso, ela havia reservado o lugar antecipadamente e quando chegou solicitou que a mãe da criança a retirasse do local para que Jeniffer pudesse se sentar na poltrona adquirida. Após isso, a criança começou a chorar e a mãe queria que a passageira trocasse a poltrona e cedesse seu lugar para a criança, mas Jeniffer manteve sua decisão de não trocar de assento.
A viralização do caso levou o perfil que publicou o vídeo a ser desativado. No entanto, a exposição já havia transformado Jeniffer em uma figura de debate público, apelidada por alguns internautas de “diva do avião”.
Discussões sobre direitos e privacidade
Especialistas destacaram que a gravação e divulgação sem permissão violam o direito à privacidade e podem gerar ações judiciais por danos morais. A legislação brasileira protege a imagem das pessoas, tornando a exposição indevida uma questão legalmente punível.
Posição oficial
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reforça que menores de 16 anos devem ser acomodados junto a um responsável, mas que a escolha de assentos diferenciados pode implicar custos adicionais, tanto para crianças quanto para adultos. A Gol, por sua vez, ressaltou que mudanças de assento são obrigatórias apenas em situações específicas relacionadas à segurança.
Popularidade crescente
Apesar da polêmica, Jeniffer viu seu número de seguidores nas redes sociais disparar, saindo de cerca de 400 mil para mais de 1,3 milhão em poucos dias. Ela apareceu em seus stories e compartilhou as mensagens de apoio e a hashtag #todoscomjeniffercastro, usada por internautas que defenderam sua postura durante o episódio, mas falou publicamente sobre o caso apenas na manhã de hoje durante o programa global.
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