Nessa sexta-feira (15), uma organização não governamental (ONG) dedicada à proteção animal em Marília tomou uma atitude decisiva ao protocolar junto ao Ministério Público um pedido de prisão contra o indivíduo flagrado em vídeos espancando até a morte um pitbull com pedaços de madeira em Pompéia.
O diretor da ONG Spaddes, Gabriel Fernando, foi responsável por formalizar o pedido, aguardando agora a análise por parte da promotoria. A ONG destaca no documento a extrema violência e crueldade demonstradas pelo suspeito, que estava visivelmente alterado.
Os terríveis eventos ocorreram no último domingo (10) e foram capturados por câmeras de segurança. Em um dos vídeos, o suspeito é visto perseguindo o animal momentos antes do crime. Nas imagens, uma mulher e uma criança, ao se depararem com o cachorro, decidem mudar de direção. Subsequentemente, dois homens, um deles segurando um banco de madeira, iniciam a busca pelo pitbull. Durante a perseguição, é possível ouvir um homem solicitando acertar a cabeça do animal.
As agressões começam nesse ponto, com o cachorro gritando de dor. As imagens, registradas por câmeras de segurança, mostram o homem com o banco de madeira agredindo violentamente o animal. Mesmo com o objeto quebrando durante o ato, as agressões continuam. O pitbull agoniza no chão e, após alguns momentos, não resiste à violência.
Após o brutal espancamento, o suspeito, acompanhado por dois rapazes, caminha pela rua com pedaços de madeira nas mãos. Em seguida, ele se envolve em uma discussão com o motorista de um carro, questionando se o condutor era o tutor do animal.
O tutor do pitbull, conforme o boletim de ocorrência, relatou que o cachorro havia escapado da residência da família e foi encontrado morto a duas quadras de casa. Em depoimento à polícia, o agressor justificou suas ações alegando que o pitbull havia atacado seu próprio cachorro, embora não tenha apresentado nenhum animal ferido como prova.
O caso está registrado como crime de abuso a animais, ameaça e omissão de cautela na guarda/condução de animais. Até o momento, ninguém foi preso. A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o crime de maus-tratos, aguardando depoimentos de testemunhas, do proprietário do animal e do autor, bem como análise de imagens de segurança próximas ao local. Importante ressaltar que maus-tratos, abuso e violência contra animais são crimes previstos por lei, com penas que incluem prisão, multa e perda da guarda do animal. Em casos de morte, a pena pode ser aumentada de 1/6 a 1/3.
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