Hacker que invadiu redes sociais de vereadora presta depoimento na Câmara de Bauru e confirma que agiu a mando de cunhado da prefeita

HACKER SOBRE INVASÃO EM CONTA DE VERADORA DE BAURU
HACKER SOBRE INVASÃO EM CONTA DE VERADORA DE BAURU

Nesta quarta-feira (27), Patrick César da Silva Brito, o hacker suspeito de invadir as redes sociais de políticos em Bauru, prestou depoimento na Câmara de Vereadores. Solto na semana passada após prisão na Sérvia, Patrick confirmou ter invadido as contas da Vereadora Estela Almagro (PT) e do jornalista Nelson Itaberá, alegando ter agido a pedido de Walmir Braga, ex-assessor do deputado estadual Paulo Corrêa Júnior (PSD) e cunhado da prefeita Suéllen Rosim (PSD).

Durante a sessão da Comissão Temporária (CT) responsável pela investigação do caso, Patrick revelou que Walmir o contatou, mencionando seu relacionamento com a Prefeitura de Bauru. Segundo o hacker, Walmir mostrou o material enviado por e-mail e afirmou que a prefeita aprovou. Patrick confessou ter hackeado a conta da Vereadora Estela, mas ponderou não ter prosseguido com invasões em relação a outros vereadores e ao vice-prefeito Orlando Costas Dias.

O hacker, preocupado com possíveis desdobramentos criminais relacionados a Walmir, admitiu ter monitorado a atividade online de Estela, revelando que Walmir expressou a vontade de causar danos à vereadora. O temor de ser associado a ações mais graves motivou Patrick a manter vigilância.

Em resposta, a prefeita Suéllen Rosin negou conhecimento prévio de Patrick e rejeitou qualquer envolvimento com ele. Alegando desconhecimento sobre o homem preso, ela repudiou a tentativa de vincular seu nome a uma situação aparentemente orquestrada pela oposição, assegurando a tomada de todas as medidas judiciais cabíveis.

O episódio, objeto de investigação pela Comissão de Fiscalização e Justiça da Câmara de Vereadores de Bauru desde outubro de 2023, envolve acusações contra Walmir Braga, suspeito de contratar Patrick para monitorar adversários políticos. O ex-assessor parlamentar, cunhado da prefeita e exonerado após as denúncias, é investigado pelo Ministério Público, cujo processo corre em sigilo de Justiça.

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