Vivendo e Aprendendo aos 55 anos, por Cláudia Bento

A vida é feita de momentos… A vida é tão vivida que às vezes nos pegamos a pensar: nossa? Mas estava tão bom, tão tranquilo, tudo no seu lugar e o que não estava no lugar, íamos encaixando aos poucos e tudo bem! Mas não é assim, certo?

E, quer saber? Com dor no meu coração, eu digo: que bom que não é assim!

Essa semana é semana de comemorar meus 55 anos. Mais um ciclo, mais um ano, mais vida chegando e crescendo dentro de mim um desejo ardente de continuar a busca por meu propósito de vida…

Aí vêm as avaliações: o que eu fiz de bom? O que não fiz? O que falta fazer? O que não deveria ter feito? O que preciso melhorar? O que preciso jogar fora?

E, aí? rsrs (risadinha de canto de boca, bem sem graça)

Aqui estou eu, uma mulher, já uma senhora, cheia de imperfeições, muitas e muitas. Pensa em uma pessoa que já fez muita coisa que não deveria ter feito, que falou muita coisa que não deveria ter falado, que não ficava quieta por nada nesse mundo. Que já causou tantas dores em tantas pessoas, que já bagunçou com a vida dos filhos maravilhosos que teve, que decide e depois se arrepende. Que fala e depois também se arrepende. Eu era bem mais crítica, mais dura comigo mesma. O passar dos anos me ensinou a arte do autoacolhimento.

Me ensinou que posso voltar atrás e mudar escolhas, e vai ficar tudo bem. Só que não é tão simples assim. Antes, o processo é longo, difícil, doloroso demais. Tenho um desejo louco: gostaria de ser fada, uma fada bem brilhante e colorida, com o dom de mudar histórias: não deixaria nada de mal acontecer jogando meu pozinho mágico… Pronto! E, vida que segue…

Mas, não é assim, e às vezes, podemos ser tão frágeis que essa fragilidade até assusta quem está conosco e pensa que nos conhece. Grande e ledo engano, nem nós nos conhecemos, imagine os outros.

Bem, minhas dicas para hoje:

  • viva a vida, essa vida de cada dia, com tudo o que ela lhe oferece.
  • Seja você mesma, seja você. Mesmo que isso não agrade a todo mundo, fazer o que, né?
  • Acredite que se está tudo bom, de um momento para o outro, tudo pode piorar, e nada podemos fazer. Mas, vai passar!
  • Ahhhhhh: aproveite as fases ruins também. Tempestades vêm para nos ensinar também. Aprecie os tempos frios, tristes e escuros que chegam e vão entrando, sem pedir licença. Provavelmente, algo interessante você aprenderá!

Cuide-se e busque melhorar a cada dia. Não para os outros, mas para você mesma.

Às vezes, a roupa que não te serve, a cadeira que não foi colocada para você sentar tem um significado maior do que rejeição. Você pode estar no lugar que não é seu.

Então, fadas com pozinhos mágicos, vamos sair por aí, voando ao encontro de nossa essência.

 

Por fim, leia mais O Mariliense
Colunista Cláudia Bento

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