Nessa quarta-feira (15), o município de Tupã confirmou 26 novos casos de chikungunya e monitora outros 90 suspeitos. Com esses números, a cidade concentra mais da metade das ocorrências registradas em todo o estado de São Paulo, que totaliza 42 casos. Na cidade vizinha de Queiroz, foi registrado um caso da doença.
Conforme informações da Secretaria de Saúde de Tupã, os primeiros casos surgiram em abril de 2024. Contudo, em dezembro, houve um aumento expressivo, com 142 confirmações, resultando em 246 diagnósticos no ano passado.
Para conter o avanço da doença, equipes de controle estão realizando nebulizações residenciais com produtos seguros para animais de estimação, além de promoverem o bloqueio de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da chikungunya. No mesmo período, o município também contabilizou 116 casos de dengue.
Testes locais indicam que 81% dos casos suspeitos de chikungunya têm resultado positivo na cidade. Como parte das estratégias de combate, a prefeitura intensificou a limpeza e a roçagem de terrenos, principalmente após o alto volume de chuvas registrado em novembro e dezembro.
Entenda a chikungunya
A chikungunya é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que ocorre principalmente após a picada da fêmea. Não há vacina ou tratamento específico para a enfermidade, e a recomendação é procurar atendimento médico imediato ao surgirem os sintomas. A automedicação deve ser evitada, pois pode mascarar os sinais e complicar o diagnóstico.
O tratamento consiste em cuidados paliativos, como hidratação, repouso e controle dos sintomas. Geralmente, a recuperação acontece em até 10 dias, embora dores articulares possam persistir por meses em alguns casos. Nesses cenários, a avaliação médica contínua é indispensável.
Após a picada do mosquito, os sintomas podem aparecer entre dois e 10 dias, podendo se estender até 12 dias.
Áreas de risco e medidas preventivas
Locais com matas e rios, onde o vírus e seus hospedeiros naturais estão presentes, são considerados áreas de risco e requerem monitoramento constante das equipes de Vigilância Epidemiológica.
Para prevenir a proliferação do mosquito, mutirões de limpeza são realizados, conscientizando os moradores sobre a importância de eliminar água parada em recipientes domésticos. Além disso, o uso de repelentes nas partes expostas do corpo é recomendado como medida adicional de proteção.
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