SP debate certificação de biometano em conferência nacional sobre clima e carbono

SP debate certificação de biometano em conferência nacional sobre clima e carbono

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) marcou presença na 3ª Conferência Brasileira Clima e Carbono (CBCC), um dos principais fóruns do país sobre soluções climáticas e mercado de carbono, realizado nos dias 22 e 23 de julho no Memorial da América Latina, em São Paulo. Representantes da subsecretaria de Energia e Mineração e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) participaram de debates sobre biometano e a criação de um sistema de certificação para valorizar o atributo ambiental do combustível no estado.

Organizada pela Aliança Brasil NBS, a edição deste ano contou com a mediação da Semil em um painel dedicado à transição energética, com foco em biometano e nas soluções para sua certificação. O painel contou com especialistas do setor público e privado, que discutiram os critérios necessários para a garantia de origem do biogás sustentável.

O potencial de produção de biometano a partir de resíduos agrícolas, urbanos e industriais é um ativo fundamental para a transição energética de São Paulo, que trabalha para viabilizar um sistema de contabilização e valorização do atributo ambiental do biocombustível no âmbito estadual. Na oportunidade, o diretor de Energia da Semil, Danilo Perecin, mediou um dos painéis e destacou a importância da rastreabilidade e da governança para assegurar a credibilidade do biometano como alternativa sustentável. “São Paulo tem todas as condições para liderar a produção de biometano, essencial para a transição energética. Mas, para isso, precisamos de um sistema robusto de certificação, capaz de garantir confiança ao mercado”, afirmou Perecin.

Certificação e mercado em debate

A Cetesb, por exemplo, já monitora inventários de emissões desde 2013 e agora avança na transparência de dados para auxiliar na descarbonização. “As informações sobre emissões são cruciais para planejar ações efetivas, incluindo o fomento ao biometano”, destacou Liv Nakashima Costa, diretora de Gestão Corporativa da Cetesb.

Próximos passos

A Semil anunciou que, nas próximas semanas, abrirá uma Tomada de Subsídios para coletar contribuições de empresas, entidades e especialistas sobre a estruturação de um sistema estadual de certificação. O objetivo é separar o atributo ambiental da molécula de biometano, permitindo que empresas usem os créditos para compensar emissões de gases de efeito estufa (GEE).

Estudos da Fiesp, em parceria com o governo paulista, indicam que o estado tem potencial para produzir 6,4 milhões de m³ de biometano por dia – 80% provenientes da cana-de-açúcar. A expansão desse mercado pode gerar 20 mil empregos e reduzir até 16% das emissões de GEE no estado.

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