Sol sobre as mãos ao dirigir aumenta risco do câncer de pele

As mãos, frequentemente expostas ao sol durante a direção de carros, motos e bicicletas, estão mais vulneráveis ao câncer de pele do que se imagina. Apesar da maioria das pessoas ter como hábito aplicar protetor solar no rosto, muitas vezes o dorso das mãos é esquecido. Isso é um erro grave, já que a exposição solar cumulativa pode causar melanoses solares, envelhecimento precoce e até lesões precursoras de carcinoma espinocelular, um tipo de câncer de pele, alerta a dermatologista Marcelle de Oliveira Salvadio, da Hapvida NotreDame Intermédica.

Para quem tem antecedentes familiares e, dependendo do fototipo, que é uma escala de classificação que enumera a reação de cada pele quando exposta ao sol, o risco de desenvolver câncer de pele é maior, explica Marcelle. “O fototipo e os antecedentes familiares são determinantes para o câncer de pele, seja devido à radiação ultravioleta, a RUV, ou a uma desordem genética. Por isso a necessidade de consultar sempre um médico e indicar o uso adequado de filtro solar”, afirma.

A radiação ultravioleta passa pelo vidro do carro, exceto se houver uma proteção específica para bloquear a radiação, e pode provocar danos celulares graves, ressalta a dermatologista da Hapvida. Motoristas que passam longas horas ao volante, entregadores que usam motos e bicicletas e outros profissionais que trabalham sob o sol acumulam essa exposição constante. “Nosso conselho é usar filtro solar com fator proteção acima de 30 em todas as áreas do corpo expostas ao sol a cada duas horas”, orienta.

Outra medida importante é investir em acessórios de proteção, como luvas específicas, manguitos e películas nos vidros dos carros com bloqueio da radiação ultravioleta. “É uma camada extra de segurança”, frisa a dermatologista da Hapvida.

Além disso, é fundamental desmistificar a ideia de que manchas no dorso das mãos são apenas “sinais da idade”. Essas marcas podem ser um alerta de danos causados pelo sol. A campanha Novembro Laranja reforça que a consulta regular ao dermatologista é indispensável para avaliar a saúde da pele e receber orientações adequadas. Adotar essas práticas não só reduz os riscos do câncer de pele, mas também protege a pele das mãos, uma área tão funcional quanto negligenciada.

 

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