Secretaria da Educação abre as matrículas para aulas presenciais do EJA para jovens, adultos e idosos

A lição projetada na lousa trazia como exercício daquela aula a produção de texto individual. Na sequência, 11 imagens do enredo da fábula ‘O rato do campo e o rato da cidade’, uma das descritas pelo grego Esopo, inspiravam os estudantes a detalhar as descobertas da semana. Descobertas ligadas a letras do alfabeto e a compreender que todos os sons das palavras que se usa no cotidiano também são representados de forma escrita. ‘Reescreva a fábula. Observe as imagens e lembre-se de todas as descobertas da semana. Não esqueça de nenhum detalhe: parágrafos, sinais de pontuação e fala dos personagens. Capriche!’. A tarefa da professora Érica Léllis, docente do Programa de Educação para Jovens e Adultos (EJA) da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Professor Olímpio Cruz, foi apresentada momentos antes da turma ser liberada para o intervalo do jantar. Naquela noite, o cardápio era composto por arroz, feijão, salada e peixe.

“O sonho de quem procura o EJA é ler e escrever, pois muitos chegam aqui sem saber ler ou escrever o próprio nome”, revelou a educadora Érica Léllis, docente na Emef Olímpio Cruz. As aulas do programa de alfabetização de jovens e adultos ocorrem sempre no período noturno, das 19h às 22 horas, e além da Olímpio Cruz, o Município oferece turmas gratuitas na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Professor Antônio Ribeiro. O ensino abrange do 1º ao 5º do Ensino Fundamental, sendo voltado para pessoas acima dos 14 anos que, no tempo regular, não tiveram oportunidade de estudo. E foi exatamente isso que ocorreu com a aluna Maria Aparecida Souza Lima, que agora aos 46 anos e depois de educar e ‘criar’ – como se diz – os seis filhos, decidiu se dedicar à formação pessoal. “Trabalhei muito na roça, na lavoura de café e casei cedo, tive os meus 6 filhos e agora, os meus filhos me incentivam a estudar, a aprender a ler e escrever”, contou.

Relatos de recomeço e de fortalecimento são frequentes e conforme salientou a professora Érica Léllis, o argumento mais comum que motiva a matrícula ao EJA é o de não passar mais por humilhações. “Não saber a ler e a escrever gera nas pessoas situações de humilhações e muitos contam o quanto já foram humilhados por não conseguir ler nem o próprio nome”.

As matrículas estão abertas e podem ser feitas nas respectivas secretarias das duas Emefs Antônio Ribeiro – localizada na rua Benedita Mendes Faria, nº 450-A (bairro Nova Marília, zona Sul), telefone 3417-7058 – e Professor Olímpio Cruz, na avenida Guiomar Novaes, nº 1380 (Jardim Sancho Floro da Costa, zona Norte), telefone 3415-3915.

“O EJA é uma oportunidade para a conclusão dos estudos e para a conquista de melhores oportunidades de trabalho. Os estudantes do EJA recebem material escolar, uniforme e a merenda de qualidade, a mesma que servimos às nossas crianças. Além disso, as atividades didáticas também acontecem nas salas de informática climatizadas”, afirmou o prefeito de Marília, Daniel Alonso. “Marília é uma cidade educadora e uma cidade onde a oportunidade de recomeçar é garantida para aquelas pessoas que, no tempo regular, não conseguiram estudar”.

De acordo com o secretário municipal de Educação, professor Helter Bochi, as aulas presenciais e a elevada capacidade do corpo docente da rede municipal de ensino permitem aos jovens, adultos e idosos uma formação diferenciada. “A alfabetização é um ato libertador e a nossa rede municipal, através do EJA, incentiva os nossos alunos a serem os protagonistas desta essencial aprendizagem”, finalizou o secretário.

Por fim, leia mais O Mariliense

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