A deputada federal Rosana Valle (PL-SP) votou contra a criação de 200 novos cargos no Supremo Tribunal Federal (STF). A parlamentar disse “não” ao que classificou como “gastança”, com impacto estimado de R$ 7,7 milhões por ano aos cofres públicos — somente com a folha de pagamento.
As despesas com os novos cargos serão bancadas pelas dotações orçamentárias do STF no Orçamento da União. Para Rosana, o custo da manutenção da máquina pública brasileira já é alto demais e não comporta mais gastos.
Ela defende maior austeridade e responsabilidade na gestão pública. “O STF tem tentado controlar o Congresso Nacional com inúmeras ingerências. Agora, conseguiu inflar a própria máquina administrativa com centenas de cargos em comissão. Nosso mandato é totalmente contra o aparelhamento do Estado para fins políticos”, afirma Rosana.
Essa não é a primeira vez que a parlamentar mantém um posicionamento firme contra o aumento de despesas públicas. Recentemente, também votou contra o aumento no número de deputados no Congresso Nacional.
A proposta, embora rejeitada por ela, foi aprovada e aumentará o número de cadeiras na Câmara dos Deputados de 513 para 531 a partir de 2027.
A deputada alerta os eleitores para a importância de acompanharem o posicionamento de seus representantes em Brasília, principalmente diante de projetos que elevam o custo da máquina pública. “O discurso das ruas, em campanha eleitoral e nas redes precisa casar com a prática. Eu, mesma, fui contra o aumento no número de deputados e, agora, votei contra o aumento de comissionados para os Gabinetes dos ministros do STF. O Judiciário brasileiro já é o mais caro do mundo. Onde vamos parar?”
Inchaço
O texto-base aprovado na Câmara dos Deputados cria 160 novas funções comissionadas para o STF e inclui um apenso para a livre nomeação de outros 40 cargos de técnico-judiciário.
A matéria teve 209 votos favoráveis e 165 contrários, e agora segue para deliberação no Senado Federal.