Os moradores do CDHU, zona sul de Marília vivem momentos de incertezas, pois a Justiça acaba de negar mais um pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) e da Defensoria Pública. O alvo da disputa são os conhecidos “predinhos da CDHU” no Conjunto Habitacional Paulo Lúcio Nogueira, zona sul de Marília.
Em um novo relatório do Centro de Apoio Técnico à Execução (Caex) do MP, reforça-se a urgência de remoção dos 1.727 moradores, incluindo 580 menores, devido ao “risco iminente de desabamento e possível perda de vidas de centenas de famílias”. Construídos pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), os edifícios enfrentam problemas estruturais alarmantes.
O último alerta do MP já mencionava o rápido deterioramento das escadas, incluindo descolamento de concreto em diferentes andares. Agora, uma nova perícia destaca infiltrações, comprometimento da infraestrutura e uma série de problemas, indicando que “a tendência é a evolução das patologias até a ruína das edificações”.
O juiz Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, no entanto, rejeitou o novo pedido, citando respeito às decisões anteriores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), que derrubaram a interdição cautelar e a realocação dos moradores.
Assim, 2023 se encerra como começou para os habitantes do CDHU em Marília: sob a sombra constante do risco de desabamento.
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