O número de acidentes com escorpiões e outros animais peçonhentos vem crescendo no estado de São Paulo, de acordo com o alerta emitido pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP). Somente em 2025, já foram contabilizados 24.366 casos envolvendo escorpiões, com uma morte confirmada.
Para agilizar o socorro, o estado mantém 228 Pontos Estratégicos de Soro Antiveneno (PESAs), localizados em regiões estratégicas e equipados com soro antiescorpiônico. Essas unidades contam com equipes treinadas para atender acidentes com animais peçonhentos, com atenção especial para crianças de até 10 anos, mais vulneráveis a complicações graves.
A orientação é procurar atendimento médico imediato em caso de picada, evitando tentar capturar o animal. Uma foto pode ajudar na identificação da espécie, mas manipular o escorpião é arriscado.
Na área do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Bauru, já são 1.957 casos neste ano — média de 269 por mês. Em 2024, foram 3.296 registros, com média mensal de 270. Bauru lidera o ranking de 2025, com 281 ocorrências, seguida por Jaú (132) e Promissão (131). A regional abrange cerca de 70 municípios, sendo que aproximadamente 50 já registraram acidentes neste ano.
No DRS de Marília, foram 1.498 casos em 2025, uma média de 206 por mês. No ano passado, o total chegou a 2.773, média de 227. Tupã lidera na região com 209 casos, seguida de Marília (150) e Santa Cruz do Rio Pardo (99). Essa regional atende cerca de 60 cidades, e 40 já tiveram notificações em 2025. Somando as duas regiões, o número de casos chega a 3.455.
Sintomas
Os sintomas mais comuns após a picada são dor intensa e agitação. Em quadros moderados, podem surgir vômitos, suor excessivo, aceleração dos batimentos cardíacos e respiração rápida. Nos casos graves, há risco de convulsões, edema pulmonar, insuficiência cardíaca, choque e até morte, especialmente entre crianças pequenas.
Prevenção
Entre as medidas preventivas estão manter quintais limpos, evitar acúmulo de entulho, vedar frestas e instalar telas em ralos. Calçados devem ser guardados em locais fechados e roupas ou toalhas devem ser sacudidas antes do uso. Ao manusear materiais empilhados, é indicado o uso de luvas e calçados fechados.
As espécies mais comuns no estado são o escorpião-amarelo, considerado o mais perigoso e responsável pela maioria dos casos graves, o escorpião-marrom e o escorpião-amarelo-do-Nordeste, todos com veneno potente e capacidade de provocar complicações fatais.