Em um pronunciamento após sua reeleição para mais seis anos à frente do Kremlin, o presidente russo, Vladimir Putin, reforçou um tom desafiador, garantindo que a Rússia não cederá à pressão de seus oponentes.
Com mais de 87% dos votos apurados, Putin obteve uma vitória expressiva, consolidando sua liderança que já dura quase um quarto de século. Este resultado, o melhor de Putin até o momento em eleições nas quais a oposição foi excluída, foi anunciado pela agência oficial russa Ria Novosti.
Dirigindo-se ao povo russo no domingo à noite, Putin agradeceu aos eleitores por contribuírem para o que ele chamou de “consolidação política interna”. Suas palavras ecoaram em meio a um contexto de tensões crescentes, especialmente após o conflito na Ucrânia e as sanções impostas pelo Ocidente.
“Não importa quem tente nos intimidar ou quanto tentem nos esmagar, ninguém jamais conseguiu tal feito em nossa história. Não funcionou hoje e não funcionará no futuro”, declarou o presidente, de 71 anos.
Os adversários derrotados por Putin na corrida presidencial reconheceram sua vitória quando 52% das urnas haviam sido contabilizadas. Nikolai Kharitonov, do Partido Comunista, e Leonid Slutsky, do Partido Liberal Democrata, além de Vladislav Davankov, do Novo Partido Popular, reconheceram a liderança de Putin.
Entretanto, críticas à legitimidade das eleições surgiram internacionalmente, com alguns líderes descrevendo o processo como viciado. A oposição russa foi barrada de participar das eleições e organizar comícios, em um contexto marcado por relatos de bombardeios ucranianos e incursões de combatentes armados nas fronteiras russas.
Apesar das críticas, líderes de países aliados, como Venezuela, Cuba e Bolívia, enviaram cumprimentos a Putin pela reeleição. Nicolás Maduro, da Venezuela, Miguel Díaz-Canel, de Cuba, e Luis Arce, da Bolívia, destacaram a vitória do presidente russo como um sinal de unidade e reconhecimento do povo russo.
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