O psiquiatra Rafael Pascon dos Santos, de 42 anos, foi preso preventivamente nesta quarta-feira (22) em Marília. Ele é investigado por mais de 20 denúncias de importunação sexual e uma acusação de estupro, supostamente ocorridos durante atendimentos médicos em diferentes cidades da região.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Marília solicitou a prisão preventiva, atendida pela Justiça, diante do risco de interferência nas investigações e possível coação de vítimas e testemunhas.


Durante a manhã, equipes da Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, cumpriram mandados de busca em endereços ligados ao médico, mas ele não foi encontrado. Horas depois, por volta das 16h, Rafael Pascon se apresentou voluntariamente na Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde a prisão foi formalizada.
Além do inquérito em Marília, o psiquiatra também é investigado por autoridades de Garça.
Denúncias abrangem importunação e estupro
O caso veio a público no início deste mês, após uma denúncia de importunação sexual. A repercussão levou outras mulheres a procurarem a polícia, ampliando o número de registros e fortalecendo a investigação.
As vítimas têm entre 17 e 65 anos e relataram comportamentos inapropriados durante consultas, como toques, beijos e aproximações físicas sem consentimento.
Em um dos casos, uma paciente afirmou ter sido estuprada durante o atendimento. Segundo a Polícia Civil, o número de relatos pode aumentar conforme o inquérito avança.
O boletim mais recente foi registrado na terça-feira (21), por uma moradora de Getulina, que denunciou assédio durante consulta em Lins, cidade onde o médico também atendia. Com esse novo registro, o total de denúncias chega a 18 em Marília, quatro em Garça e uma em Lins.
Após a repercussão, o psiquiatra foi afastado do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Garça e teve o contrato rescindido pela Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB), gestora da unidade. Ele também foi suspenso da Unimed Marília, onde realizava atendimentos.