Primeira-dama de Marília dona Selma Regina participa de lançamento de livros com receitas que inspiraram a vida dos idosos do Centro Dia ‘Anos Dourados’

As receitas e os sabores que marcaram a vida dos frequentadores do Centro Dia ‘Anos Dourados’, no Jardim Fontanelli, na zona Oeste de Marília, foram reunidas em livros recheados de histórias, lembranças e amor. Ao todo, 25 livros foram confeccionados de forma artesanal e apresentados na celebração do Dia das Mães organizada pela entidade na semana passada com as participações especiais da primeira-dama do Município, dona Selma Regina Mazuqueli Alonso, e do secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Clóvis Mello.

A apresentação cultural contou com a organização das artistas da Cia Nua e Crua, composta pelas ‘Leitoras da Balbúrdia’, Helena Venturini e Ilca Venturini. Durante a apresentação, os idosos do Centro Dia interpretaram músicas folclóricas, trechos de poesias e realizaram leituras dramáticas. Alguns dos textos interpretados eram de autores consagrados, como o poema ‘E agora, José?’, de Carlos Drummond de Andrade, e ‘Meu Destino’, da poetisa Cora Coralina. Houve interpretações musicais e de hinos de louvores.

“Todos nós temos potencial e vocês, idosos, têm muito a nos ensinar e muito a fazer. Por isso, não se deixem desanimar, vocês todos são capazes. Vocês são capazes de muitas coisas ainda, de muitas conquistas. O maior amor de nossa vida, somos nós mesmos. Você é o grande amor da sua vida”, orientou a coordenadora do Centro Dia ‘Anos Dourados’, Érika Caldeira.

Os livros de receitas foram elogiados pela primeira-dama dona Regina, que inclusive observou que pretende elaborar os pratos para que o prefeito Daniel Alonso (PL) possa experimentar. Das 25 receitas de família dos frequentadores do Centro Dia, 15 são doces e 10 salgadas. Uma destas receitas – repleta de histórias e gosto – é a do mantecau. O biscoito foi trazido para o Brasil pela família da aposentada Ana Maria Avellaneda Cabrini. Sua mãe, Dolores, vinda de Granada, Sul na Espanha, chegou ao Brasil em 1924. Ela contou que o biscoito surgiu na época em que a Península Ibérica foi dominada pelos mouros – povos islâmicos de língua árabe que chegaram à Espanha vindos do Norte da África. “O mantecau derrete na boca”, contou a senhora Ana Maria.

 

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