Prefeitura de Marília abre Processo Administrativo para apurar denúncias de desvio da merenda por servidora da rede municipal

EMEI CLARA LUZ NO JARDIM MARACÁ

A Prefeitura de Marília instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar a conduta de uma agente operacional de serviços, identificada pelas iniciais J.G.P.D., lotada na Secretaria Municipal de Educação. A medida foi formalizada pela Corregedora Geral do Município, Valquíria Galo Febrônio Alves, após relatos de irregularidades envolvendo a funcionária da EMEI Nercy Soares de Almeida – Clara Luz. As informações foram lançadas na edição desta sexta-feira (29), do Diário Oficial do Município.

De acordo com o memorando digital que embasa a decisão, a investigação foi motivada por denúncias feitas por colegas de trabalho e pela direção da unidade escolar. Conforme os relatos, a servidora teria sido flagrada colocando caixas de leite e alimentos remanescentes das refeições dos alunos em sua bolsa para levar para casa. Uma das testemunhas afirma que a funcionária justificou as ações alegando dificuldades financeiras e a necessidade de alimentar seus filhos.

Detalhes das Denúncias

Os relatos de uma funcionária da limpeza da escola e de outros agentes operacionais reforçaram as suspeitas contra a servidora. Uma delas afirmou ter presenciado a retirada de caixas de leite da despensa e a separação de alimentos em vasilhas para consumo próprio. Outras testemunhas afirmaram que a acusada impedia a lavagem das panelas logo após as refeições das crianças para garantir que os restos de alimentos permanecessem disponíveis.

Além disso, uma funcionária afirmou ter iniciado uma contagem dos estoques de leite e constatado a ausência frequente de duas caixas, além do consumo diário previsto para a utilização dos alunos. A direção da escola também relatou que, no dia 24 de junho, a servidora afirmou que “que não estava mais aguentando trabalhar em um local tão distante de sua residência, gastando muito com combustível e que leva comida para casa não para dar ao cachorro, mas para seus filhos, pois estão passando dificuldades”.

Uma das testemunhas informou ainda à direção que em determinada ocasião teria presenciado a servidora no depósito de limpeza dizendo: “Deixa eu ver o que vou levar para casa hoje”, mas disse não ter certeza se neste exato momento ela teria levado algum produto do local.

Procedimentos

Com base nas denúncias e provas demonstradas, foi instaurado o PAD contra a servidora, por suposta infração disciplinar prevista nos itens 12, 13 e 25 do artigo 27 da Lei Complementar Municipal nº 680/2013. O processo será conduzido por uma comissão designada pelo Prefeito de Marília, que garantirá o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Próximos Passos

A Corregedoria informou no Diário Oficial que o objetivo do PAD é apurar os fatos e aplicar as medidas cabíveis, caso sejam confirmadas as irregularidades, garantindo que todas as denúncias sejam tratadas com a devida seriedade. Enquanto isso, a servidora continuará acompanhando o processo e poderá apresentar sua versão e justificativas.

Por fim, leia mais O Mariliense

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