Durante uma operação realizada na manhã desta quinta-feira (9), a Polícia Civil de Marília prendeu seis pessoas e apreendeu mais de 200 armas de gel, além de cerca de 2 mil pacotes de esferas de gel. A ação, liderada pelo Setor de Investigações Gerais (SIG), recebeu o nome de “Operação Gel Blasters”, e teve como foco combater a comercialização irregular desses produtos, que têm causado preocupação devido ao uso inadequado por crianças e adolescentes.
Os presos foram liberados após pagamento de fiança e responderão em liberdade por infrações relacionadas à ordem tributária, econômica e ao consumo.
Riscos associados às armas de gel
As armas que utilizam esferas de gel ganharam popularidade, especialmente entre jovens para simular batalhas. Essa prática, incentivada por influenciadores digitais, tem gerado debates sobre os riscos à segurança. O comunicado, que também é visto em países como Estados Unidos, Europa e Ásia, levanta preocupações devido ao potencial de causar lesões, como hematomas e até danos graves, caso atinjam os olhos.
Apesar de parecerem inofensivas, essas armas não são consideradas brinquedos, de acordo com o Inmetro. Elas são destinadas a pessoas com mais de 14 anos, e seu uso por crianças é inadequado e perigoso. Além disso, para serem usadas como brinquedos, esses produtos precisariam passar por rigorosos testes de segurança, o que não acontece no caso das armas de gel.
Entre as exigências para a comercialização segura está a presença de características que diferenciam claramente o produto de uma arma real, como uma ponta laranja fixa. No entanto, em muitos casos, esses detalhes são removíveis, e os projetos das armas de gel são disparados com velocidade superior permitida pelas normas de segurança.
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