Olá, meus queridos, como vocês estão? Espero que estejam bem!
Quero falar com vocês sobre o surto psicótico, com base num acontecimento aqui em Marília cujo relato colhido foi a possibilidade de o indivíduo ter estado em surto psicótico.
Algumas perguntas foram levantadas e é interessante pensarmos e esclarecermos algumas possibilidades aqui.
O surto psicótico é um sintoma que pode se apresentar a indivíduos com psicopatologias já instaladas como depressão, transtorno bipolar, transtornos ansiosos e transtornos psicóticos. Também pode se apresentar como resposta de vivências traumáticas e por abuso de substâncias.
Acontece de forma súbita, a literatura nos diz de uma alteração de comportamento e pensamento em duas semanas. O indivíduo pode apresentar uma estabilidade nos pensamentos e comportamentos também dentro desse período.
É muito importante estarmos atentos aos sinais que podem ser:
Alterações de pensamento, comportamento, delírios, discurso desorganizado, agitações psicomotoras, comportamentos agressivos e catatonia.
Temos que observar também o contexto no qual esses comportamentos são exacerbados, pois a cultura e a religião podem oferecer um espaço para comportamentos entendidos pela ciência como delírios e alucinações.
A grande questão que precisamos entender é que, sim, todos nós estamos sujeitos a uma crise severa dependendo do contexto no qual estamos inseridos e expostos. Precisamos nos atentar aos nossos padrões de comportamento e de pensamento e considerar que todos estamos sujeitos ao desenvolvimento de psicopatologias. Mas, cada caso é um caso e precisamos nos atentar para os sinais que todos nós vamos mostrando no decorrer de nossas vivências.
Pode ser uma crise, um surto psicótico, um transtorno psicótico breve, um sintoma de alguma psicopatologia, uma crise devido a uma exposição traumática, ou não.
Para isso que precisamos de programas de apoio e incentivo a prevenção e promoção da saúde mental e programas de educação emocional, auto-observação e automonitoramento / autoconhecimento.
Esteja atento aos seus sinais. Faça atividades de automonitoramento como, investigar como tem sido sua semana, quais tem sido seus desafios, seus sentimentos e comportamentos, identificar suas fragilidades e fortalezas, faça terapia e saiba que sua mente é o seu “carro-chefe”.
Estou por aqui, ok?
Grande abraço
Texto: Dra Ana Gláucia Lima CRP 06/119519
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