Uma mulher de 29 anos deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sertãozinho (SP) na última sexta-feira (9), grávida de 17 semanas, e entrou em trabalho de parto enquanto esperava por atendimento. Infelizmente, o bebê não resistiu e veio a falecer. A mãe da grávida, Rute Alves da Cunha, relatou que funcionários da unidade colocaram o corpo do recém-nascido em uma caixa e entregaram para a família.
Revoltada com a negligência, Rute expressou sua dor e fez um apelo para que essa situação não se repita com outras famílias: “Que essa negligência que aconteceu aqui nessa UPA hoje, uma avó, uma mãe, um filho perdido, não aconteça com outra família, porque dói. Dói, mas dói muito. É profundo, muito dolorido”.
Após receber a caixa com o corpo do bebê, a avó dirigiu-se à funerária para providenciar o velório e o enterro. No entanto, foi informada de que precisava do atestado de óbito, que não havia sido emitido pelo médico, e também de um boletim de ocorrência.
A Guarda Civil Municipal (GCM) registrou a ocorrência como crime de vilipêndio (contra o respeito aos mortos), de acordo com o artigo 212 do Código Penal Brasileiro. Essa conduta é passível de pena de um a três anos de detenção, além de multa.
Segundo informações, a grávida foi encaminhada para a Santa Casa de Sertãozinho para realizar exames complementares e permanece internada após o parto prematuro.
Até o momento, a Secretaria Municipal da Saúde não se pronunciou sobre o ocorrido, deixando a família e a população em busca de respostas sobre essa trágica situação.
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