Mulher entre Mulheres, Arquiteta da Mudança e Maestra da Vida, por Cláudia Bento

Foto: Arquivo Pessoal

Mulheres: um universo de papéis em uma só palavra. Mulher, mãe, filha, avó, amiga, madrasta, empresária, dona de casa, prefeita, deputada, presidenta, influenciadora, pastora, coach, cuidadora… a lista é infinita. Neste turbilhão chamado vida, cada uma desempenha múltiplas facetas0. E então chega o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, um marco que celebra não apenas conquistas, mas também a metamorfose contínua dessas guerreiras incansáveis. Mas, afinal, o que realmente significa ser mulher nessa era de transformações aceleradas? Este é um convite à reflexão, à celebração e, acima de tudo, ao reconhecimento da mulher que se reinventa a cada dia, alterando decisivamente o curso da humanidade. Afirmação forte? Absolutamente! E é exatamente por isso que devemos nos engajar, com coração e alma, nesse movimento histórico de mudança.

Hoje, quero falar um pouco da minha história: nasci em uma família de muitas mulheres, e, a partir da minha chegada, outras mulheres foram se juntando à nossa constelação familiar. Convivi com tias, avó materna e “avó” madrasta paterna, primas, irmãs, e nesse universo todo formei minha base e desenvolvi minha personalidade. Importante saber que somos feitas de nossos encontros e desencontros, de alegrias e tristezas, de ganhos e perdas (devemos entender que os ganhos também fazem parte e às vezes, eles podem ser os nossos maiores vilões. Fica a dica).

Minha mãe se fez fortaleza e trouxe como legado para mim o poder de ser o que eu queria ser, de correr atrás e, principalmente, de não precisar de ninguém para vencer! Ela era impiedosa, mandatária e mega apaixonada pelo meu pai, que se fragilizava ao som da voz de comando dela. Muitos anos de terapia e perdão incondicional à mulher mais linda do mundo: minha mãe! Ela, de verdade, fez o que pôde fazer com o que tinha naquele tempo e, para mim, hoje é o suficiente. Esse era o amor da mulher que me trouxe à vida.

Me casei, descasei e nesse momento trouxe o caos à família tradicional da qual fazia parte. Nessa bagunça toda nasceu minha primeira menina, linda, perfeita e forte também. Estive com ela no final de semana passado e, mais uma vez, sorrindo, ela me contou sobre outras pisadas na bola que tive com ela durante a adolescência. Foi ótimo ouvi-la falar! Ela sorria e dizia que aquilo também foi importante, mesmo que ainda hoje ecoe em comportamentos que ela não quer ter… Perguntei: já te pedi perdão por isso? E, ela, sorrindo, me disse: “já sim, mamãe! Ainda bem que você se fez uma versão melhor com a Elena…” – a segunda, não a minha terceira filha… kkk!

Com o segundo casamento chegou a segunda filha, toda diferente do meu universo e tão querida e amada. Natália me permitiu amá-la e participar da vida dela intensamente. E, para finalizar, chegou a nossa pequena, a netinha mais linda do mundo e tão geniosa quanto todas elas.

Ufa! Que universo de mulheres ao meu redor. E, sendo bem singular, posso acreditar que ser mulher é ser especial! Estamos todos os dias enfrentando tudo e todos ao nosso redor. Estamos todos os dias enfrentando nossos próprios demônios e os demônios que nos entregam também.

Que difícil, não é? E, sem falar das lutas que travamos socialmente para que a equidade possa ser real no mundo de hoje.

O que me move:

  1. Posso ser quem eu quiser ser e fazer o que eu quiser fazer, entendendo que haverá consequências e terei que ser responsável por elas;
  2. Não preciso provar nada para ninguém, mas preciso aceitar que esse alguém também não queira provar nada para mim;
  3. A vida precisa ser vivida e, nem sempre precisa ser tão ruim… você consegue, mesmo que doendo muito, você consegue e vai por mim, passa… tudo passa;
  4. Ser mulher pode ser tão suave e tão despretensioso quanto uma pétala de margarida branquinha solta no vento… lembre-se: você não é todo mundo;
  5. Ame essa mulher que está na frente do seu espelho, olhando para você! Imperfeita, sim. Mas, UMA LINDA MULHER…

Que sejamos nós mesmas, nesse dia e em todos os outros também.

Coluna por Cláudia Bento

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