O médium e líder espírita Divaldo Pereira Franco faleceu na noite desta terça-feira (13), aos 98 anos, em Salvador (BA). A morte ocorreu às 21h45, em sua residência na sede da Mansão do Caminho, no bairro Pau da Lima, onde recebia cuidados domiciliares. Segundo informações da Mansão do Caminho, a causa do falecimento foi falência múltipla dos órgãos, decorrente de complicações relacionadas a um câncer na bexiga, contra o qual lutava desde novembro do ano passado.
O velório de Divaldo Franco acontece nesta quarta-feira (14), das 9h às 20h, no ginásio da Mansão do Caminho, com cerimônia aberta ao público. Atendendo a seu pedido, o caixão permanecerá fechado, sem cortejo em carro aberto, e as cerimônias póstumas serão de curta duração. O sepultamento está marcado para quinta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador.
Nascido em 5 de maio de 1927, em Feira de Santana (BA), Divaldo Franco foi o mais novo de 13 irmãos. Sua primeira experiência espiritual teria ocorrido aos 4 anos, quando afirmou ter conversado com sua avó já falecida. Em 1947, fundou seu primeiro centro espírita, o Caminho da Redenção, juntamente com Nilson Pereira de Souza. Cinco anos depois, em 1952, ambos fundaram a Mansão do Caminho, uma instituição que acolhe e educa crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
Ao longo de mais de sete décadas dedicadas ao espiritismo, Divaldo Franco tornou-se uma das vozes mais respeitadas na área, realizando mais de 13 mil conferências em mais de 2 mil cidades de 64 países, e concedendo cerca de 1.500 entrevistas para rádio e TV no Brasil e no exterior. Publicou mais de 250 livros, muitos deles psicografados, com mais de 8 milhões de exemplares vendidos, sendo que os direitos autorais foram integralmente destinados a obras assistenciais.
Divaldo não teve filhos biológicos, mas foi reconhecido como pai de cerca de 685 pessoas que acolheu e instruiu ao longo dos anos na Mansão do Caminho. Sua trajetória de vida foi retratada no filme “Divaldo – O Mensageiro da Paz”, lançado em 2019.
A Mansão do Caminho suspendeu suas atividades por dois dias, em luto pelo falecimento de seu fundador.