Montanha-russa da Vida por Cláudia Bento

Mudanças, trocas, desistências, novos projetos, antigas dores, novos processos, grandes insights e muito drama… E aqui estou eu de volta. Tenho me abastecido de conhecimento, estudado muito, focado e apreciado a vida de forma integral. Mais importante, tenho me permitido viver plenamente.

Recentemente, uma amiga preciosa — dessas que são um verdadeiro presente de Deus em nossas vidas — me perguntou como estavam as coisas. Não foi aquela pergunta superficial, típica de socialização, que espera um simples “tudo bem, graças a Deus”. Minha resposta? Sabe aquela sensação ao entrar na fila do parque de diversões, ingresso em mãos, ao sentar na montanha-russa, apertar o cinto e sentir o tranco inicial? É exatamente assim que anda minha vida!

O vento forte no rosto, que faz as lágrimas rolarem, os braços abertos para sentir todo o êxtase da descida abrupta e o frio na barriga que nos acompanha. Depois, a subida lenta, desacelerando, nos preparando para outros tantos arrepios, gritos e ventos fortes, até o solavanco do freio na chegada. A vida é assim, uma maravilhosa montanha-russa, grandiosa e cheia de emoções. E nós, entusiasmados, compramos o ingresso para vivê-la.

Aprendo a cada momento que é necessário viver e aproveitar todos os processos: nascimentos, mortes, perdas, ganhos, ausências, presenças, pessoas que chegam, pessoas que partem, alegrias infinitas e dores intensas. Calmaria e tormentas que podem decidir ficar para sempre.

Novos amores, antigos amores com novas roupagens… E vida, todos os dias! Poder acordar todas as manhãs e me apropriar de tudo o que me é oferecido tem feito um bem tremendo. E saber que posso decidir por isso ou aquilo também é maravilhoso. O livre-arbítrio é um presente valioso, e o autoconhecimento, o amor próprio e o cuidado comigo mesma têm feito maravilhas. Me percebo mais suave, mais tensa, mais amorosa, mais amarga, mais do que eu quero ser.

Mas não se engane: não é cada um por si. Vivemos em sociedade e há padrões de respeito ao outro que considero indispensáveis. Se você deseja ser respeitada, respeite o espaço do próximo. É simples assim.

O melhor de tudo é que somos os pintores de nosso destino. As cores da tela que se transformará em nosso quadro são escolhidas por nós. E os borrões? E as cores que não queríamos, herdadas de nossos pais? Transforme-as. Você tem o pincel em suas mãos. Será difícil? Sem dúvida. Doloroso? Sim. Mas vamos buscar outras perspectivas… e muita terapia.

Por hoje, deixo apenas uma dica: pare de se culpar e pare de apontar para fora o que deve ser resolvido dentro. Você é o pintor do quadro da sua vida. ❤️❤️

Coluna da Cláudia Bento
Psicóloga e Vereadora em Pompeia

Veja também...

Rolar para cima