Médico morre participando de salvamentos no Rio Grande do Sul e comove o país

A morte repentina de Leandro Medice, uma figura que representava força e apoio para sua família, ainda parece ser difícil de aceitar. Amanda Medice, sua afilhada de 22 anos que o via como um pai, compartilhou sua angústia e incredulidade diante da trágica perda. Em uma carta comovente, Amanda expressou o turbilhão de emoções que tomou conta de todos os que tiveram contato com sua história.

Leandro, um médico originário do Espírito Santo, foi encontrado sem vida na última segunda-feira, 13, em um abrigo em São Leopoldo (RS). A suspeita é de que ele tenha sido vítima de um mal súbito enquanto estava no estado auxiliando as vítimas das enchentes que assolam a região há quase duas semanas.

A notícia devastadora abalou profundamente a família de Leandro. Amanda revelou que seu tio tinha planos de melhorar sua clínica de estética e havia combinado almoçar com ele nos próximos dias. A súbita perda deixou todos atordoados e desorientados.

Em suas próprias palavras, Amanda descreveu a agonia de receber a notícia: “É um sentimento de tristeza profunda, algo que não dá pra explicar, acreditar ainda. Eu nunca vou esquecer do momento da notícia. A minha mãe me ligou por chamada de vídeo, chorando, contando o que tinha acontecido, mas eu não tava processando, não era real aquilo. Foi bem difícil, tem sido bem difícil.”

A carta emocionante escrita por Amanda reflete a incredulidade e a dor causada pela perda abrupta de Leandro: “Morrer é ridículo. Você combinou que iríamos almoçar na semana seguinte, está com planos de reformar sua casa, está preocupado com contas, com várias ideias para o instituto e do nada, pela manhã, morre. De uma hora pra outra, tudo termina num infarto no meio da tragédia que foi ajudar no Rio Grande do Sul. Morrer é uma loucura. Te obriga a sair da festa na melhor hora, sem se despedir de ninguém, sem ter um último abraço ou um último ‘te amo’.”

Os amigos e familiares reconheceram o ato de heroísmo de Leandro ao se deslocar até o Rio Grande do Sul para ajudar a salvar vidas. Sua partida deixou um vazio irremediável, mas seu legado de altruísmo e coragem permanecerá vivo nas memórias daqueles que o amavam.

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