Marília convoca apoio do setor imobiliário da cidade para conter o crescimento da dengue na cidade

Foto: Divulgação/Prefeitura de Marília

A Prefeitura Municipal de Marília realizou uma reunião com representantes do setor imobiliário da cidade, nesta manhã de quinta-feira, 8 de fevereiro, no auditório do segundo andar do Paço Municipal. O objetivo do encontro foi convocar imobiliárias, construtoras, incorporadoras e administradoras para integrar as ações públicas no combate ao mosquito Aedes aegypti e frear o crescimento da dengue.

O encontro foi comandado pelo chefe de gabinete Levi Gomes de Oliveira, com apoio da corregedora-geral do Município Valquírias Galo Febrônio Alves e da supervisora da Vigilância Ambiental, Vivian Martinelli Funai. Além de servidores municipais, também participou o delegado regional do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci), Hederaldo Joel Benetti. Dentre os outros convidados, estavam cinco representantes do setor imobiliário. A Prefeitura Municipal de Marília havia convidado para a reunião estratégica 75 imobiliárias.

“Intensificamos a limpeza pública e a fiscalização dos imóveis para combater os criadouros do mosquito, e todos precisam participar desta ação para salvar vidas. É isto que importa. O setor imobiliário precisa contribuir nesta fiscalização e ainda ajudar no acesso dos agentes de combate de endemias. É uma missão”, afirmou o chefe de gabinete da Prefeitura Municipal de Marília, Levi Gomes de Oliveira.

De prontidão, o delegado regional do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci), Hederaldo Joel Benetti, apresentou uma campanha da instituição para que os corretores mantenham os imóveis seguros contra o Aedes. “Vão ser colocados adesivos tapa-ralos e sacos plásticos nos vasos sanitários nos imóveis sem ocupação. Também será fixado adesivo para monitoramento das vistorias. Todas as vezes que um corretor for no imóvel, ele deve olhar como está o local e assinar o adesivo, colocando a data da vistoria”, garantiu.

Combate em várias frentes

Marília passa atualmente por um aumento preocupante nos casos de dengue. Do dia 1º janeiro até o dia 5 fevereiro a cidade registrou 635 casos positivos e dois óbitos por complicações causadas pela doença. Diante da gravidade, a Prefeitura Municipal de Marília decretou situação emergencia e implementou várias medidas para conter o avanço da doença, como a intensificação da limpeza pública, ampliação do atendimento na atenção básica, compra de insumos, aumento da fiscalização aos terrenos e imóveis, além do planejamento de ações futuras para serem colocadas em prática caso necessárias, como a ampliação da equipe médica da cidade e abertura de pontos de hidratação.

“Estamos nos organizando para utilizar drones para vistoriar os imóveis, mas esperamos a adesão de todo setor imobiliário para facilitar o acesso dos imóveis. Vocês têm acesso às chaves e proprietários desses imóveis. É importante lembrar que essa situação é vivida não só em Marília, mas em todo Brasil e casos de dengue já estão sendo registrados na Europa. Então, façam a vistoria e, se preciso, denunciem locais que estão sem acesso”, alertou a  corregedora-geral do Município, Valquírias Galo Febrônio Alves.

Trabalho nas ruas

Nesta quinta-feira, 8 de fevereiro, Marília teve 11 frentes de trabalho para limpeza da cidade, sendo duas delas realizadas em força-tarefa em bairros da zona Norte da cidade, região que concentra maior número de casos positivos de dengue neste ano. O mutirão contra a dengue passará por 10 áreas verdes e na avenida Francisco Chaves de Morais, no bairro Jânio Quadros. O restante das ações são realizadas na avenida Luzia dos Santos, Tiradentes, Esmeraldas e na região do Aeroporto Municipal, Jardim Califórnia, Jardim Bandeirantes,Tiro de Guerra, além das Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) Arco Íris e Sítio do Pica-Pau Amarelo.

O agente de controle de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Clécio Lopes de Souza, que nesta quinta-feira, dia 8, esteve com as equipes no bairro Lavínia, na zona Norte de Marília, informou que os moradores relataram que muitos imóveis naquela região da cidade encontram-se fechados, sem moradores ou à disposição de futuros locatários com placas de imobiliárias. “Muitas famílias que nos receberam relataram que os imóveis fechados representam um risco à vizinhança, também relataram que encontram muitas poças nas áreas externas do bairro”, informou. Nestes casos, de água empoçada em ambientes externos, os agentes estão aplicando produtos que matam as larvas. Clécio Lopes de Souza, por exemplo, realizou várias vezes esta aplicação durante o percurso que ele fez no Lavínia e em outros bairros.

 

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