Neste sábado (10), o Manchester City Football Club, conhecido como Citizens, sagrou-se campeão da Liga dos Campeões da UEFA, também chamada de Champions League, ao derrotar a Inter de Milão por 1 a 0 no Estádio Olímpico Atatürk, em Istambul. Esta é a primeira vez que o clube inglês conquista o maior torneio de clubes do planeta.
Desde a aquisição pelo Abu Dhabi United Group em 2008, a transformação do Manchester City, antes pouco expressivo, em uma potência mundial era uma obsessão. O conglomerado de origem árabe investiu pesadamente, e desde então os Citizens venceram sete vezes o Campeonato Inglês (Premier League), além de conquistarem as taças da Copa da Inglaterra por três vezes e da Liga Inglesa em seis ocasiões.
No entanto, a equipe de Manchester vinha encontrando dificuldades na Champions League. Apesar de participar regularmente da competição desde a temporada 2011/12, o City nunca havia chegado ao título. Na temporada anterior, em 2021, chegaram à final pela primeira vez, mas foram superados pelo Chelsea no Estádio do Dragão, no Porto, em Portugal.
O treinador Pep Guardiola também estava em busca de um título de Champions League desde 2011, quando conquistou o campeonato como técnico do Barcelona. Com passagens também pelo Bayern de Munique, o espanhol chegou ao 35º troféu em sua carreira, após assumir o comando do Manchester City em 2016.
Na final deste ano, o goleiro brasileiro Ederson se destacou como o único representante do país em campo. Com duas defesas impressionantes, ele se tornou o 56º jogador brasileiro a conquistar a Champions League. Ederson entra para uma lista liderada pelo lateral Marcelo e o volante Casemiro, que possuem cinco títulos cada. A primeira conquista de um brasileiro na competição ocorreu em 1959 com Canário, ponta do Real Madrid espanhol.
O título do Manchester City coroa uma campanha invicta, com oito vitórias e cinco empates ao longo da competição. O atacante norueguês Erling Haaland, jogador dos Citizens, terminou como artilheiro da Champions, com 12 gols.
No jogo decisivo, apesar do favoritismo inicial, o City não conseguiu transformar sua superioridade em gols no primeiro tempo. A melhor chance ocorreu aos 26 minutos, com uma batida cruzada de Haaland na área, que foi espalmada pelo goleiro André Onana. Aos 29 minutos, Kevin de Bruyne, um dos principais nomes do time inglês, precisou ser substituído devido a uma lesão na coxa direita, repetindo o drama da final de 2021.
Na segunda etapa, a Inter de Milão teve a primeira grande oportunidade com Lautaro Martínez aos 13 minutos. No entanto, o atacante chutou em cima do goleiro Ederson após um erro de posicionamento do zagueiro Manuel Akanji. A punição para os italianos veio nove minutos depois, quando Akanji fez um passe preciso para Bernardo Silva, que cruzou para trás dentro da área. A bola desviou na zaga da Inter e encontrou Rodri, que finalizou de primeira para marcar o único gol da partida.
Os italianos tiveram duas grandes chances para empatar o jogo. Aos 28 minutos, o lateral Federico Dimarco cabeceou duas vezes dentro da área, acertando o travessão e depois desviando na perna de seu companheiro Romelu Lukaku. Aos 43 minutos, Lukaku perdeu uma chance incrível na pequena área ao cabecear no joelho de Ederson. O zagueiro Ruben Dias afastou o perigo, e o Manchester City manteve a vantagem até o apito final.
Nos instantes finais, a Inter de Milão se lançou completamente ao ataque, mas Ederson e sua defesa conseguiram segurar a pressão. No último lance dos acréscimos, o goleiro brasileiro afastou um cabeceio do lateral Robin Gosens de soco. Com o término da partida, a torcida do Manchester City celebrou a conquista, e o volante Ilkay Gundogan, de nacionalidade alemã e turca, ergueu a taça em Istambul.
A vitória do Manchester City na final da Champions League marca um momento histórico para o clube, que agora se consolida como uma potência do futebol europeu. A conquista é o resultado de anos de investimentos e trabalho árduo, culminando no reconhecimento como campeão do torneio mais prestigiado do continente.
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