Uma cena de pânico e desespero foi registrada em Santos, no litoral de São Paulo, quando uma mãe, que não detém a guarda do filho, tomou a criança à força das mãos da avó paterna e fugiu com o menino. O incidente ocorreu por volta das 8h de terça-feira (23), no momento em que o menino deveria ser deixado na escola.
As imagen de câmeras de segurança mostram o garoto sendo arrastado e colocado à força dentro de um carro. A criança estava sob os cuidados do pai e da avó paterna há três anos, e recentemente, eles obtiveram a guarda compartilhada dele, juntamente com uma tutela de urgência.
Eduardo Cassiano, de 50 anos, assistente de transporte rodoviário e pai da criança, informou que nunca teve um relacionamento com a mãe de seu filho e que ela deixou a criança com ele há três anos, aparecendo esporadicamente para visitas.
A situação se agravou no final de 2023, quando o menino foi passar o Natal com a mãe em São Paulo e voltou doente. Desde então, ameaças e tentativas de sequestro começaram a ocorrer. Mesmo com a decisão da Justiça concedendo guarda compartilhada, a mãe continuou tentando levar o menino à força de diferentes lugares, incluindo a escola, a aula de judô e até mesmo durante a celebração da Páscoa.
No último episódio, registrado em vídeo, a mãe do menino agarrou-o à força da avó e o colocou dentro de um carro. Eduardo relatou que o garoto se debatia e gritava por sua avó enquanto era arrastado. Poucas horas após o incidente, a avó materna enviou uma mensagem informando que estavam a caminho de Aracaju.
As autoridades foram acionadas, e um pedido de mandado de busca e apreensão foi feito junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). A família está esperançosa de que o pedido seja aprovado para ajudar a localizar o menino. A advogada responsável pelo caso enfatizou que o foco principal é encontrar a criança o mais rápido possível.
Embora o caso não se configure como sequestro no sentido legal, a advogada destacou que a mulher pode enfrentar acusações de subtração de incapaz, além de multas por descumprimento de ordem judicial de guarda e visitação. Até o momento, a defesa da mulher não foi localizada para comentar sobre o ocorrido.
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