Lulu Santos e as Feridas da Alma, por Cláudia Bento

“Ainda vai levar um tempo/ Pra fechar o que feriu por dentro/ Natural que seja assim/ Tanto pra você quanto pra mim…”

Enquanto cantarolava essa melodia do Lulu Santos, comecei a refletir e decidi compartilhar essas reflexões com vocês. O que realmente nos fere profundamente, atingindo nossa alma e coração de maneira que não conseguimos tratar adequadamente essas feridas, carregando-as por anos?

É fundamental reconhecer que todo ser humano é social por natureza, e até aqueles que resistem à socialização precisam de interação, especialmente na infância. Distintos dos demais animais, nós, seres racionais, estamos predispostos a ferir e ser feridos, seja intencionalmente ou por acidente, em nossas interações. Uma verdade incontestável da vida é que, ao nos relacionarmos, estamos sujeitos a experimentar tanto alegrias quanto tristezas.

Surge, então, a questão: Como lidar com essas dores e feridas persistentes? Como conviver com palavras e atos de pessoas que foram importantes em nossa trajetória, mas que, em algum momento, nos causaram grande sofrimento?

Já ouviu falar em perdão? Escutei uma vez de um orador que o ressentimento é como uma brasa ardente na mão do ferido, e não na do ofensor. A decisão de soltar essa brasa pertence unicamente ao afetado. Isso é profundo. Significa que, além de sofrer, devo tomar a iniciativa?

Sim. Devo agir como se nada tivesse acontecido? Não. Esquecer quem me feriu? Não. Gastar energia tentando entender o porquê da ação alheia? Não. Você não é a Márcia Sensitiva! Então, foque em seus próprios pensamentos, sentimentos e na forma como deseja moldar sua história.

Uma frase forte agora: somos arquitetos do nosso destino. Portanto, é urgente cuidar de si mesmo. Busque ajuda se sentir que algo não está bem. Não despreze sua vida. Com o passar do tempo, novas dores e feridas podem surgir, e se não cuidadas, podem se agravar.

É vital desenvolver amor-próprio, praticar o auto perdão de forma consciente, fomentar relações positivas e descobrir sua autêntica felicidade. Como seres essencialmente sociais, devemos identificar o que nos faz bem ou mal. Por quê? “Porque assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem maldade…”

 

Por fim, leia mais O Mariliense

Coluna de Cláudia Bento

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