O Lago do Parque do Centenário, um dos principais pontos turísticos de Ourinhos, enfrenta sérios problemas ambientais. Relatórios técnicos recentes da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) identificaram assoreamento, proliferação excessiva de algas e acúmulo de lixo na área, levantando preocupação sobre a preservação do local.
O espaço, conhecido por atrair visitantes para passeios em família, prática de esportes e atividades de lazer como pedalinhos, também costuma receber pescadores — prática que, diante da contaminação confirmada, especialistas recomendam interromper temporariamente.
Além da vegetação aquática em excesso e do acúmulo de sedimentos, a fauna local também sofre impactos. Em 2023, um jacaré que vivia no lago morreu após engasgar-se com uma sacola plástica, episódio que gerou grande repercussão e debate sobre a preservação ambiental no parque.
Os problemas estruturais já se arrastam há anos. A manutenção do lago e o monitoramento da qualidade da água mudaram de responsabilidade ao longo do tempo, e estudos confirmam que, embora não haja despejo de esgoto no local, a situação exige intervenções urgentes. O município recebeu prazo de 180 dias para apresentar soluções definitivas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, um plano de revitalização está pronto e será executado em parceria com o Governo do Estado. As ações incluem desassoreamento, melhoria da iluminação, repovoamento de peixes, plantio de grama e reformas estruturais.
O projeto também prevê resolver um problema antigo: o transbordamento do lago em períodos de chuva intensa, que chega a bloquear a avenida próxima. Para isso, será construída uma galeria subterrânea com cerca de cinco metros de profundidade, interligando os lagos da parte alta com os da parte baixa do parque.
A expectativa é que, dentro de 60 dias, tenha início a remoção da matéria orgânica acumulada, marcando o início das obras de recuperação do espaço, considerado um verdadeiro cartão-postal da cidade.