A operação da Polícia Federal, realizada nesta terça-feira (12) em São Paulo, tem como principal alvo o influencer Renato Cariani, de 47 anos, conhecido no mundo fitness por ser um dos maiores apoiadores do fisiculturismo brasileiro. A ação visa combater o tráfico de drogas e o desvio de um produto químico utilizado na produção de crack.
O foco principal da investigação é a empresa Anidrol, uma indústria química localizada em Diadema, na Grande São Paulo, da qual Renato Cariani é sócio. Em comunicado nas redes sociais, Cariani negou qualquer envolvimento no esquema e afirmou ter sido surpreendido pela operação.
O influencer, que possui mais de 7 milhões de seguidores no Instagram e 6 milhões no YouTube, é reconhecido por seus vídeos sobre dieta e culto ao corpo, acumulando 1 bilhão de visualizações. Nas redes sociais, ele se apresenta como professor de química, professor de educação física, atleta profissional, empresário e youtuber.
Além disso, Cariani é sócio da Supley, a maior fabricante de suplementos da América Latina, cujo faturamento atingiu R$ 830 milhões no ano passado, com a projeção de superar R$ 1 bilhão em 2023.
A operação da PF cumpriu um total de 18 mandados de busca e apreensão, distribuídos em 16 locais em São Paulo, um em Minas Gerais e outro no Paraná. O grupo é suspeito de desviar toneladas de um produto químico para a produção de crack.
A investigação teve início em 2022, após uma empresa farmacêutica multinacional relatar à PF que havia sido notificada pela Receita Federal sobre notas fiscais faturadas em seu nome, com pagamento em dinheiro não declarado. A PF identificou que o grupo emitiu e faturou notas em nome de três grandes empresas de maneira fraudulenta: AstraZeneca, LBS e Cloroquímica, no período entre 2014 e 2021.
Apesar do pedido de prisão dos envolvidos pela PF, o Ministério Público foi favorável, mas a Justiça negou.
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