Governo de São Paulo declara estado de Emergência devido à Dengue com mais de 144,8 mil casos e 33 mortes

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Foto: Agencia Brasil

O estado de São Paulo enfrenta uma crise de saúde pública diante do avanço da dengue, levando o governo estadual a tomar medidas urgentes. O Centro de Operações de Emergências (COE), sob coordenação da Secretaria Estadual da Saúde, anunciou nesta terça-feira (5), em uma coletiva de imprensa, a declaração de estado de emergência em função do crescente número de casos da doença.

O decreto publicado no Diário Oficial de hoje, surge após São Paulo atingir a alarmante marca de 300 casos confirmados da doença para cada grupo de 100 mil habitantes, conforme relatado na segunda-feira (4).

Regiane de Paula, coordenadora de Controle de Doenças do Estado de São Paulo, afirmou: “Trabalhamos com os dados do painel de monitoramento: 311 casos por 100 mil habitantes. A gente está em epidemia, segundo o que a OMS (Organização Mundial da Saúde) determina dos casos confirmados.”

O estado se une a outros territórios, incluindo Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Amapá, que já decretaram estado de emergência para a dengue este ano.

O decreto concede aos gestores públicos a capacidade de alocar recursos para combater a doença com maior celeridade, sem a necessidade de licitação, além de receber apoio financeiro do Ministério da Saúde. Priscilla Perdicaris, secretária da Saúde em exercício, esclareceu: “O decreto nos permite ter um pouco mais de agilidade para adquirir insumos, contratar pessoas, aumentar nossa rede de atenção. E os municípios podem usar nosso decreto como justificativa para decretar estado de emergência também nos seus territórios.”

O governo busca ampliar o número de equipamentos de fumacê, atualmente em cerca de 600 no estado. O plano de ação inclui a aquisição de novos equipamentos, para o qual é necessária a aprovação do Ministério da Saúde, em negociação.

Mapeamentos foram feitos para identificar hospitais e unidades de saúde que possam expandir o atendimento, embora não tenha sido estabelecida uma data para essa medida.

A gestão estadual está atenta aos sorotipos da dengue circulando em São Paulo, com a incidência maior dos tipos 1 e 2. A taxa de positividade está em 40%.

Esper Georges Kallás, membro do COE e diretor técnico do Instituto Butantan, atribuiu o aumento de casos ao aquecimento global e às chuvas, criando condições favoráveis para a proliferação do mosquito transmissor.

Até hoje, o estado registrou 33 mortes causadas pela dengue, com outros 128 óbitos em investigação. Os casos totalizam 144.888, com 172 considerados graves.

A capital, São Paulo, enfrenta uma situação crítica, com 33.776 casos confirmados e 33 óbitos.

A vacinação contra a dengue começou gradualmente em São Paulo a partir de 19 de fevereiro, após o Ministério da Saúde divulgar uma lista dos municípios contemplados com as doses iniciais do imunizante, excluindo a capital do estado.

Com a gravidade da situação, o governo estadual enfatiza a importância da colaboração da população e a implementação de medidas preventivas para controlar a propagação da doença.

O estado continua monitorando de perto a situação da dengue e está comprometido em tomar todas as medidas necessárias para proteger a saúde e o bem-estar da população.

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