Golpe do Falso Advogado Engana Vítimas com Promessas de Agilização de Processos Judiciais

Arquivo Pessoal

Pessoas com processos em aberto na Justiça estão sendo alvo de um golpe conhecido como ‘Falso Advogado’. Nesse esquema, criminosos se passam por advogados para cobrar honorários e taxas irregulares de suas vítimas. Em um dos casos, uma cliente perdeu R$ 110 mil ao cair na armadilha. O golpe segue um padrão em quatro etapas: os golpistas acessam o processo virtualmente, coletam dados do cliente e do advogado, e então entram em contato com a vítima por mensagem, fingindo ser o advogado. Eles afirmam que há valores a serem pagos que podem agilizar o processo e falsificam documentos para dar credibilidade à fraude, repassando dados bancários para que a vítima realize o pagamento.

O uso de informações verídicas do processo torna o golpe ainda mais convincente, levando as vítimas, na esperança de acelerar o processo, a fazerem os pagamentos. Especialistas alertam que não existe a possibilidade de acelerar um processo judicial por meio de pagamentos, já que a velocidade do andamento depende exclusivamente do expediente do cartório.

O perfil das vítimas geralmente envolve pessoas com processos de altas indenizações, muitas vezes com valores elevados que podem levar anos para serem concluídos. Com a digitalização dos processos, a facilidade de acesso a informações públicas também tem facilitado o trabalho dos golpistas, que antes precisavam recolher essas informações presencialmente nos fóruns.

Para se proteger, é crucial desconfiar de qualquer comunicação ou pedido de pagamento que não tenha sido previamente estabelecido em contrato. Em caso de dúvida, recomenda-se verificar a autenticidade do contato por meio da Ordem dos Advogados ou diretamente com o escritório do advogado. A advocacia tem um papel importante em orientar e proteger os clientes nesses casos. Se alguém for vítima desse golpe, deve registrar um boletim de ocorrência na delegacia e informar a OAB, que monitora as ocorrências.

Além disso, a OAB-SP lançou uma cartilha com dicas para evitar ser vítima desse golpe, como desconfiar de pedidos de transferências bancárias não previstos em contrato e confirmar pessoalmente as mensagens suspeitas com o advogado.

 

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