Ex-diretora de Saúde da região é condenada por tráfico de drogas e desvio de verbas durante a pandemia

PRISÃO DA EX DIRETORA DE SAÚDE DE BASTOS
PRISÃO DA EX DIRETORA DE SAÚDE DE BASTOS

Foram condenados pela Justiça por tráfico de drogas e associação ao tráfico, a ex-diretora geral de Saúde de Bastos (SP), Amanda Ramos Berti, seu então namorado, Fagner Lima Silva, e o motorista da prefeitura, Odimar Soares da Silva. A sentença assinada pelo juiz Paolo Pellegrini Junior determinou que Amanda fosse condenada a mais de sete anos de prisão em regime fechado, enquanto Fagner e Odimar foram condenados a penas menores. Todos poderão recorrer em liberdade.

De acordo com a decisão judicial, o trio usou um carro da prefeitura de Bastos para comprar cocaína em Marília (SP) e Pompeia (SP), entre junho e outubro de 2020. A droga era vendida em Bastos e Tupã (SP), além de ser comprada para consumo da dupla e comercializada a parentes da ex-servidora. Foram encontradas no celular de Amanda, provas dos crimes, como fotos e comprovantes de transferências bancárias.

O motorista da prefeitura ficava responsável por levar exames de Covid ao Instituto Adolfo Lutz em Marília ao menos duas vezes por semana. Na época, ele se aproveitou das viagens para comprar cocaína com a viatura da prefeitura, que era destinada ao transporte de pacientes.

Amanda e Fagner negaram o tráfico de drogas e afirmaram, durante o depoimento, que a cocaína comprada era usada para consumo do casal. Odimar alegou que levava a droga para a ex-diretora por “medo de perder o emprego”. A contratação dele havia sido intermediada por Amanda.

Além dessas acusações, Amanda também está sendo investigada por suspeitas de desviar verbas destinadas ao combate à pandemia de Covid-19, orçamento que ela gerenciava diretamente.

Por meio de nota, a Prefeitura de Bastos afirmou que “não tem conhecimento sobre a sentença, uma vez que a prefeitura não faz parte dessa investigação, sendo de cunho pessoal dos envolvidos”. A defesa de Odimar disse que vai recorrer pedindo revisão das provas e solicitando pena menor do que a dos outros dois réus. A defesa de Amanda e Fagner ainda não se manifestaram.

 

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