EUA – MORTE DE GEORGE FLOYD GERA ONDA DE PROTESTOS

Após a repercussão mundial do vídeo que mostra um policial branco imobilizando e asfixiando um homem negro, em Minneapolis, nos Estados Unidos, diversos protestos começaram no país e em vários lugares no mundo. As manifestações nas principais cidades dos EUA e em Minneapolis, onde George Floyd, de 40 anos, foi morto asfixiado pelo policial Derek Chauvin, vêm ocorrendo desde o dia 26 de maio, quando o vídeo viralizou na internet.

No último domingo (31), manifestantes saíram às ruas novamente para protestar contra o racismo e após diversos confrontos, algumas cidades americanas decidiram decretar e prolongar o toque de recolher. Essa medida passou a ser tomada já que a maioria das manifestações estava ocorrendo durante a noite e cidades como Chicago, Los Angeles, Atlanta e Miami, entre outras, incluindo Minneapolis vão adotar a decisão em toda a área urbana.

Desde que os protestos tiveram início, pelo menos cinco pessoas morreram e outras centenas foram presas, de acordo com o jornal mais famoso dos Estados Unidos, o The NewYork Times. Além da Polícia local, militares da Guarda Nacional também começarão a agir nas cidades onde as manifestações ficarem mais tensas, esse foi um pedido dos governadores após o presidente Donald Trump já ter anunciado que as forças armadas do país estariam à disposição caso fosse necessária a intervenção.

As manifestações contra o racismo tomaram uma proporção mundial e no Canadá, alguns países da Europa e inclusive no Brasil, diversos manifestantes organizaram passeatas nos últimos dias. Celebridades também se manifestaram nas redes sociais, homenageando e pedindo justiça pela morte de George Floyd e se colocando contra o racismo, como a apresentadora americana Oprah Winfrey, as cantoras Beyoncé, Rihanna, Taylor Swift e Lady Gaga, Dua Lipa, entre outros nomes importantes.

A cantora Katy Perry, devido a sua gravidez, e o cantor Harry Styles que não está nos EUA, não puderam participar dos protestos, mas divulgaram um projeto em que doarão dinheiro que será utilizado para pagar a fiança dos manifestantes que forem presos.

Entenda o caso

O caso aconteceu no dia 25 de maio e o vídeo feito por uma testemunha mostra o policial Derek Chauvin apertando com os joelhos, durante 8 minutos e 46 segundos, o pescoço do ex-segurança George Floyd, de 40 anos.

De acordo com a polícia local, Floyd foi detido após a suspeita de usar notas falsas em um mercado. Após a abordagem, ele foi levado inconsciente por uma ambulância, sendo declarado morto ao chegar no hospital. O vídeo polêmico mostra ainda o ex-segurança afirmando mais de uma vez que não estava conseguindo respirar, pedindo para o policial parar com a asfixia, até o momento em que ele para de se mexer no final do vídeo.

Derek Chauvin foi preso no dia 29 de maio, e vai responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e assassinato em terceiro grau (quando é considerado que o responsável atuou de maneira irresponsável ou imprudente). A morte de George Floyd deu início a maior onda de protestos que os EUA tiveram nos últimos anos, se tornando um novo símbolo da violência contra cidadãos negros cometida por policiais.

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