Eduardo Bolsonaro anuncia licença da Câmara para morar nos EUA e critica STF

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou nesta terça-feira (18) que irá se afastar temporariamente do cargo para residir nos Estados Unidos. O parlamentar está no país norte-americano desde o fim de fevereiro e comunicou a decisão por meio de suas redes sociais.

Durante o anúncio, Eduardo fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que conduz o inquérito relacionado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar disso, o deputado não é alvo da investigação. Sua licença ocorre dias antes de um julgamento na Suprema Corte que pode transformar seu pai em réu.

Ele enfatizou que sua saída é temporária e afirmou que abrirá mão do salário de R$ 46.366,19 durante o período. Em 2022, Eduardo Bolsonaro foi um dos deputados mais votados em São Paulo, recebendo mais de 740 mil votos.

Pedido de apreensão de passaporte negado

Logo após a divulgação da licença, a Procuradoria-Geral da República rejeitou um pedido feito pelo PT para a apreensão do passaporte do deputado. O partido alegava que Eduardo estaria usando viagens internacionais para mobilizar lideranças estrangeiras contra o STF.

O parlamentar também enfrenta uma ação penal por difamação movida pela deputada Tábata Amaral (PSB-SP), após ter declarado, sem apresentar provas, que ela teria criado um projeto de distribuição de absorventes para beneficiar um empresário.

Mudança na Comissão de Relações Exteriores

Com sua saída, Eduardo Bolsonaro anunciou que o comando da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara será assumido pelo deputado Luciano Zucco (PL-RS), que atualmente é líder da oposição na Casa.

Nos bastidores, a possibilidade de o deputado presidir a comissão gerou controvérsias. Setores da oposição temiam que ele usasse o cargo para atacar o ministro Alexandre de Moraes e outros membros do STF. Além disso, há rumores de que Valdemar Costa Neto, presidente do PL, teria impedido Eduardo de assumir a presidência do colegiado, embora o dirigente do partido negue essa versão.

Críticas e temor de prisão

No comunicado publicado em suas redes sociais, Eduardo Bolsonaro afirmou que teme ser preso e justificou sua licença como uma estratégia para denunciar violações de direitos humanos.

“Não irei me acovardar, nem aceitar o regime de exceção que está sendo imposto. Meu afastamento me permitirá atuar plenamente para buscar sanções contra aqueles que violam direitos fundamentais”, declarou.

O deputado, no entanto, não informou por quanto tempo pretende permanecer nos Estados Unidos.

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