Marina Silveira Bonacazata Santos, doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), tem uma trajetória marcada pela superação e pela luta pelos direitos das pessoas com deficiência. Aos 28 anos, ela é uma figura central nesse movimento dentro da UEM. Com paralisia cerebral desde o nascimento, Marina sempre enfrentou desafios motores e de visão, mas isso não a impediu de seguir uma carreira acadêmica de sucesso.
Natural de Marília (SP), Marina mudou-se para Maringá em 2015 para cursar Ciências Biológicas na UEM. Após concluir a graduação, tornou-se mestre em Educação para a Ciência e o Ensino de Matemática. Hoje, cursa o doutorado em Educação e já lançou seu primeiro livro, resultado de sua dissertação de mestrado, intitulado “Políticas Públicas e o Público-Alvo da Educação Especial: estado do conhecimento sobre a inclusão no ensino de ciências”.
Durante toda sua formação, Marina contou com o apoio do Programa Multidisciplinar de Pesquisa e Apoio à Pessoa com Deficiência e Necessidades Educativas Especiais (Propae), que auxilia estudantes com deficiência na UEM. Ela recebeu suporte tanto na locomoção pelo campus quanto no acesso aos materiais didáticos necessários para suas atividades acadêmicas. Esse suporte foi essencial para que Marina pudesse trilhar sua carreira acadêmica e, ao mesmo tempo, lutar pelos direitos das pessoas com deficiência dentro da universidade.
Marina também esteve diretamente envolvida na criação da política de cotas para pessoas com deficiência na UEM, aprovada recentemente. Ela vê essa conquista como um passo fundamental para garantir que mais pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino superior.
Além de seu trabalho acadêmico, Marina sonha com o futuro como professora universitária e pretende seguir na docência após o doutorado. Para ela, o objetivo é claro: continuar rompendo barreiras e mostrar que, com o apoio adequado, as pessoas com deficiência podem conquistar seus sonhos.
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