No domingo (25), o diretório do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL de Marília, realizou sua plenária de eleição de direção, na Câmara Municipal. O convite para participação da plenária e do debate foi estendido a diversas organizações – partidos de esquerda, movimentos populares e entidades de poder de classe – o que marcou um momento de significativa adesão de diversos setores, todos unidos por posicionamentos firmes em prol de uma representatividade ampliada no partido e de unificação em torno da necessidade de avanço nas lutas populares.
Marcio Cardoso, que assumiu a posição de liderança, demonstrou uma postura contundente e enfática em seu discurso de posse. Ele ressaltou a necessidade premente de reconstrução, reorganização e reunificação da esquerda, do campo popular e dos trabalhadores em Marília, destacando a importância de renovar e fortalecer os valores populares na região. A proposta levantada para este novo período do PSOL é fazer frente de combate à extrema-direita, construir um programa que ataque a raiz dos problemas da sociedade contemporânea (fazendo as devidas mediações à nossa cidade) e que ofereça uma saída real e concreta para a nossa classe.
Nesse período o partido volta-se para ampliação e organização de suas bases a partir do trabalho de base e desenvolvimento de um projeto cultural-educativo contra-hegemônico – educação e organização, simultaneamente e dialeticamente, são as peças fundamentais para a construção de autonomia e auto-organização da classe trabalhadora; tal projeto tem por questão fundamental a garantia da independência política e independência de classe de nossas organizações e alianças. Nos próximos meses devemos estabelecer diálogo constante e acumular forças para a construção de uma alternativa à esquerda, em oposição antagônica aos políticos carreiristas, aos projetos conciliatórios, aos falsos defensores do povo e a qualquer pretensa investida político-ideológica burguesa sobre a esquerda.
Analisamos que o ano de 2024, justamente por ser um ano eleitoral, está abrindo uma conjuntura favorável a nós. Analisamos que há chances concretas de conquistar uma cadeira na câmara dos vereadores. Buscar eleger um de nossos representantes para a câmara municipal com o objetivo de alcançar uma melhor posição para impulsionar o avanço das lutas sociais, fiscalizar a administração e aplicação do orçamento público, colocar em discussão as demandas reais do povo e denunciar/barrar os projetos da oligarquia mariliense, como por exemplo os planos traiçoeiros do prefeito Daniel Alonso de privatização do DAEM e o aumento da passagem de ônibus.
Contudo, diferente dos políticos carreiristas e representantes das elites, não pensamos o processo eleitoral como um fim em si mesmo. É momento de utilizar a conjuntura para abrir diálogo com as massas populares, realizar a disputa de consciência e apresentar um projeto político com capacidade real de disputar a hegemonia, socialista e que paute a construção da democracia pela base, assentada no poder popular e operário. Vemos a inviabilidade da construção de uma Frente Ampla e qualquer tentativa de aliança da esquerda com políticos oportunistas e defensores da burguesia. Por isso, nossa proposta é que esse projeto político seja construído coletivamente a partir de assembleias populares e que desague na construção de uma Frente de Esquerda, do Campo Popular e dos Trabalhadores; tal projeto, que será defendido por nossos candidatos, não se limita ao processo eleitoral, mas se constituirá em um projeto permanente da esquerda em Marília.
Esta eleição representa um novo capítulo na trajetória do PSOL em Marília, refletindo a determinação de seus membros em construir uma alternativa política sólida e comprometida com os interesses da população. Estamos confiantes de que sob a liderança de Márcio Cardoso e da nova direção. O PSOL continuará a ser uma voz ativa na luta pela emancipação da classe trabalhadora, pela construção do socialismo, pela transformação social e pela democracia em nossa cidade.”
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