Desativação do Centro de Distribuição da Kibon em Marília: Falta de Ação do Poder Público Agrava Desemprego e Crise Econômica

A decisão da Unilever de desativar o Centro de Distribuição de Sorvetes da marca Kibon em Marília, afetando 58 trabalhadores locais e de cidades vizinhas, expõe a ineficácia e a falta de ação do poder público em proteger os empregos e a economia da região. A maioria dos trabalhadores impactados são de empresas terceirizadas, enquanto 21 estão diretamente ligados à Unilever, com 16 recebendo propostas de rescisão e cinco em realocação.

Apesar do comunicado da Unilever assegurar que “a região não sofrerá impactos em seu fornecimento, uma vez que haverá atendimento tanto por Londrina quanto Ribeirão Preto,” isso ignora o impacto significativo na economia local e na vida dos trabalhadores afetados. A ausência de detalhes sobre os valores das rescisões e as perdas econômicas para a cidade apenas reforça a falta de transparência e consideração pelos efeitos dessa decisão.

A Unilever justifica a desativação com a necessidade de “buscar eficiência e sinergia para seus negócios,” um discurso que mascara a insensibilidade diante do desemprego gerado e da crise econômica local. Em meio a esse cenário, a pergunta que fica é: onde estava o poder público?

O Que o Poder Público Poderia Ter Feito?

  1. Incentivos Fiscais e Benefícios: Oferecer incentivos fiscais e benefícios específicos para a Unilever poderia ter sido uma estratégia eficaz para manter a empresa operando na cidade. Reduções de impostos, concessões de terrenos ou subsídios são medidas que frequentemente atraem e retêm empresas.
  2. Negociações Diretas: Iniciar um diálogo direto e contínuo com a Unilever para entender suas necessidades e preocupações poderia ter facilitado a elaboração de soluções conjuntas para manter o centro de distribuição em operação.
  3. Parcerias Público-Privadas: Desenvolver parcerias público-privadas que beneficiassem tanto a empresa quanto a comunidade local, criando programas de investimento em infraestrutura ou treinamento de força de trabalho, poderia ter fortalecido os laços econômicos e sociais entre a Unilever e Marília.
  4. Planejamento Econômico Estratégico: Implementar um planejamento econômico estratégico focado na diversificação e no fortalecimento da economia local, reduzindo a dependência de grandes empresas e criando um ambiente mais resiliente e atraente para negócios.
  5. Suporte aos Trabalhadores: Desenvolver programas de suporte e requalificação para os trabalhadores afetados, proporcionando novas oportunidades de emprego e minimizando o impacto do desemprego na comunidade.

A falta de medidas proativas por parte das autoridades municipais mostra um despreparo em lidar com crises econômicas e a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes e sensíveis às necessidades da população. É essencial que o poder público assuma um papel mais ativo na proteção dos empregos e na promoção de um ambiente econômico saudável e sustentável para Marília e suas regiões vizinhas.

 

Por fim, leia mais O Mariliense

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