Na tarde do último sábado (28), o Brasil escreveu um capítulo inédito na história do beisebol pan-americano ao conquistar sua primeira medalha de prata na competição. A seleção verde e amarela, liderada pelo técnico Ramon Ito do Nikkey Marília, exibiu um desempenho excepcional ao longo do torneio.
Os nomes de Marília estiveram em evidência nessa jornada épica: Fábio Murakami, Jean Tomé, Felipe Fukuda, Raphael Parra, Osvaldo Carvalho Júnior, Pedro Ivo Okuda e Victor Coutinho foram peças fundamentais na campanha brilhante.
O time brasileiro participou de seis emocionantes confrontos, conquistando quatro vitórias, incluindo uma emblemática sobre a Colômbia na fase inicial, e sofrendo duas derrotas.
A equipe superou desafios imponentes ao vencer seleções com tradição consolidada no esporte, como Venezuela e Cuba, esta última detentora de 12 medalhas de ouro. O Brasil não marcava presença em um Pan desde 2007, quando sediou o evento no Rio de Janeiro.
Dos 24 talentosos jogadores que compõem a seleção vice-campeã, cinco são profissionais e atuam em países renomados como França, Japão e Estados Unidos. Os demais brilham aqui no Brasil, onde o beisebol ainda é uma prática amadora.
Destaca-se a presença de dois ícones do beisebol brasileiro: Paulo Orlando, campeão da Major League Baseball (MLB), considerada a maior liga do mundo, e André Rienzo, o primeiro arremessador nacional a competir na MLB.
Paulo Orlando expressou otimismo em relação ao futuro do esporte no país: “A gente tem talento [no Brasil]. Precisa de um pouco mais de investimento. Espero que essa medalha traga muitos frutos bons, [traga] jovens que tenham oportunidade de jogar lá fora em um nível mais forte. O beisebol fez história”, declarou à assessoria do Time Brasil após a partida.
Apesar de o beisebol não fazer parte dos Jogos de Paris em 2024, a modalidade brilhará na Olimpíada de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2028. A última aparição do esporte no maior evento esportivo do mundo ocorreu em Tóquio, Japão, em 2021.
A dinâmica do jogo de beisebol no Pan compreende sete rodadas ou entradas, onde as equipes alternam entre rebater para pontuar e arremessar para evitar que o adversário pontue. O objetivo do rebatedor é percorrer as quatro bases do campo antes que a bola alcance o receptor adversário, responsável por defender a base.
O arremessador, por sua vez, busca evitar que os rebatedores pontuem, garantindo que cada um deles não realize três jogadas bem-sucedidas. Caso o rebatedor seja eliminado ao chegar na base após a bola estar nas mãos do receptor, a entrada é encerrada após três eliminações consecutivas pela equipe atacante.
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