Como viver sem máquina do tempo, Por Cláudia Bento

Certa vez, em uma conversa com amigos, ouvi uma frase que marcou minha história de vida. O problema da escolha não é o que iremos ganhar, mas sim o que estamos deixando de ter! Difícil, não é? Pense: se escolho o branco em detrimento do preto, estou ficando sem o preto, certo? Mas, e se eu errei ao deixar o preto de lado?

Percebo, pela minha vida, que, em grande parte dela, há a necessidade de escolher e, principalmente, deixar o que não se escolheu partir como balões de ar soltos ao vento.

Nossa, como é complicado isso. Só que não! Pode ser bem suave, bem tranquilo se… olha a palavrinha mágica aí de novo: se estivermos bem com as escolhas. Por quê? Porque são inevitáveis… Quando decidimos por uma viagem de ônibus, perdemos as regalias e transtornos também de uma viagem de carro, simples assim.

Bem, me permito, e essa permissão tem muito a ver com a maturidade adquirida e lapidada ao longo dos anos, através de vivências, muito estudo e muita terapia, a fazer escolhas mais conscientes e pontuais.

Uma pergunta sempre precede essas escolhas: e aí, Claudinha? Tá pronta? Quer isso mesmo? Já avaliou o que virá? E o que irá perder com tudo isso?

Enquete feita, a pessoa que se apresenta na frente do espelho do meu quarto vai embaralhando as questões e definindo as novas rotas e destinos. Sim, podemos mudar de rotas e sim podemos alterar o destino, ou suavemente, atrasá-lo. Não é perfeita, a vida?

Não vale a pena estar de corpo, alma e espírito envolvida na nossa própria vida? Descobrir que podemos mais, ou que não podemos o que havíamos nos proposto a executar?

Acredito realmente que:

  1. O que importa mesmo é a autoavaliação e autoentendimento de todas as nossas ações!
  2. Decisões são complicadas por conta do que acabaremos por perder, e não pelo que estaremos ganhando.
  3. Olhar ao redor, deixar de lado o pensamento místico que nos envolve quando o pronome “se” (olha ele aí de novo) aparece no topo de nossos planos!
  4. A vida nos oferece a chance, todos os dias, de sermos diferentes, de mudar a rota, de alterar planos e escolhas. Então, para que o medo? Não! Vamos com medo mesmo…

Para finalizar, me percebi forçando aqui e ali a permanecer onde não me cabia mais. Poxa, como estava sendo orgulhosa comigo mesma. É necessário que tenhamos a sensatez de enxergarmos nosso orgulho e, principalmente, deixá-lo de lado, para a conclusão de que não foi uma boa escolha! E, quer saber a verdade: tá tudo muito bem!

Você não está gostando do que escolheu? Ok, mude então!

Enfrente os desafios que virão pela frente de cabeça erguida!

Essa vida que lhe foi entregue é sua, não terceirize a sua essência.

 

Por fim, leia mais O Mariliense

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