O cantor sertanejo Yuri Ramirez, nome artístico de Iuri Gomes Oliveira Ramires, de 47 anos, foi assassinado com oito disparos dentro de sua residência no bairro Santa Emília, em Campo Grande (MS), no último sábado (30).
Yuri havia deixado a prisão há menos de um mês e cumpria prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Sua ficha policial incluía acusações por tráfico de drogas, estupro e uso de documentos falsos.
Natural de Campo Grande, ele começou na música ainda adolescente, inicialmente influenciado pelo rock, mas migrou para o sertanejo por incentivo do pai. Em 2020, formou uma dupla e depois seguiu carreira solo. Em entrevista à TV Morena, chegou a dizer que tinha mais de 240 músicas inéditas, entre elas “Boca Errada” e “Novo Engano”.
Apesar da dedicação artística, sua trajetória foi marcada por envolvimento com o crime. Em 2018, foi preso em Goiânia por apresentar documento falso enquanto estava foragido. Já havia sido condenado por tráfico de 20 quilos de drogas. A Polícia Civil de Goiás apontava Yuri como membro de facção criminosa e um dos principais traficantes de drogas e armas da região Noroeste de Goiânia, com movimentação estimada em 800 quilos de maconha vindos do Paraguai, além de participação no contrabando de armas.
No dia do crime, dois homens armados invadiram a casa onde ele morava com uma mulher que o havia acolhido para cumprir a exigência de endereço fixo. Os suspeitos se apresentaram como policiais, encontraram a mulher em um dos quartos e, em seguida, localizaram o cantor em outro cômodo, onde efetuaram os disparos.
A perícia encontrou 12 cápsulas de pistola no local. O caso foi registrado como homicídio qualificado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol, e a motivação do crime ainda está sendo investigada.