Campanha de Trump Acusa Kamala Harris de Violações nas Leis de Financiamento Eleitoral

A campanha de Donald Trump apresentou uma queixa formal à Comissão Eleitoral Federal (FEC) contra a vice-presidente Kamala Harris, alegando que sua campanha de 2024 violou leis federais de financiamento ao substituir o nome de Joe Biden pelo seu próprio para controlar os fundos.

De acordo com a queixa, apresentada pelo conselheiro geral da campanha de Trump, David Warrington, a campanha de Biden não poderia alterar o nome do comitê de “Biden for President” para “Harris for President” após Biden ter abandonado a corrida no domingo (21) e transferir US$ 91 milhões.

“Isto é pouco mais do que uma contribuição excessiva e velada de US$ 91,5 milhões de um candidato presidencial para outro, ou seja, da antiga campanha de Joe Biden para a nova campanha de Kamala Harris. Este esforço ridiculariza as nossas leis de financiamento de campanhas,” afirma a queixa de oito páginas.

Alega ainda que “os candidatos federais estão proibidos de manter contribuições para eleições em que não participam. Biden for President 2024 não mostrou nenhuma intenção de reembolsar ou redesignar adequadamente os fundos das eleições gerais que já recebeu. Isto faz com que todas as contribuições sejam excessivas.”

Embora ainda não esteja claro se a queixa terá tração com a Comissão Eleitoral Federal, a campanha de Trump tem procurado maneiras de desacelerar o ímpeto que Kamala Harris ganhou com eleitores e doadores após se tornar rapidamente a candidata democrata. Em apenas 36 horas após a saída de Biden da corrida à Casa Branca, a campanha de Kamala arrecadou mais de US$ 100 milhões.

A estratégia da campanha de Trump inclui abrir novas batalhas legais para impedir que Kamala acesse os fundos de Biden. Warrington pediu explicitamente à FEC que bloqueie a transferência dos recursos. Se considerada ilegal, a campanha de Trump pede que a FEC considere uma multa ou encaminhamento criminal para o Departamento de Justiça dos EUA.

Resposta da Campanha de Kamala Harris:

A campanha de Kamala Harris classificou a queixa como um esforço legal espúrio para atrapalhar sua campanha, destacando que os comitês Biden-Harris sempre foram autorizados tanto para Biden quanto para Kamala.

Em seu primeiro comício de campanha para a Casa Branca, Harris atacou diretamente Donald Trump, retratando as eleições de novembro como uma escolha entre uma ex-procuradora e um criminoso condenado. Falando para uma multidão de cerca de três mil pessoas em Wisconsin, um dos estados-chave nas eleições presidenciais, Harris comparou o oponente republicano a autores de fraudes que processou.

“Enfrentei criminosos de todos os tipos,” disse Harris. “Predadores que abusavam de mulheres. Fraudadores que enganavam os consumidores. Impostores que quebraram as regras para seu próprio ganho. Por isso, me ouçam quando digo que conheço o tipo de Donald Trump. Nesta campanha, prometo que, em qualquer dia da semana, vou comparar orgulhosamente o meu currículo com o dele.”

A multidão respondeu com gritos de “Kamala! Kamala!” e “lock him up” (prendam-no), ecoando refrões semelhantes dos eventos de Trump em 2016.

Kamala Harris, substituindo Joe Biden de última hora, enfrenta o desafio de deixar sua marca contra um Donald Trump que tem forte apoio do seu partido. Em contraste com Biden, que foi acusado pelos republicanos de ser um velho em declínio, Harris, quase 20 anos mais jovem que Trump, já está aproveitando essa diferença de idade.

 

Por fim, leia mais O Mariliense

Veja também...

Rolar para cima