Bebê de apenas 8 meses morre de Covid-19 em Marília

BEBÊ LEVADO MORTO NO HOSPITAL
Foto: Pixabay

Gráfico de monitoramento da dengue em Marília, divulgado nesta terça-feira (19) pela Secretaria Municipal da Saúde, mostram que as notificações e confirmações da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti vêm caindo pela 4ª semana consecutiva. Desde a 7ª semana os dados apontam reduções. As quedas ocorreram na 8ª, 9ª, 10ª e agora, na 11ª semana epidemiológica. De acordo com o boletim de dengue divulgado pela Vigilância Epidemiológica nesta terça-feira, dia 19 de março de 2024, são 2.932 casos confirmados de dengue e 5 óbitos. O painel de monitoramento do Estado de São Paulo, abastecido pela Secretaria de Estado da Saúde, atribui uma 6ª morte, contudo trata-se da adolescente de 14 anos residente em Marília, mas que contraiu dengue quando passava férias em Bariri e veio a falecer em um hospital na cidade de Jaú.

Com relação à covid-19, o boletim divulgado nesta terça-feira mostra um total de 768 casos da doença em 2024 e dois novos óbitos, chegando a 9 o número de óbitos deste ano. O 8º óbito foi de uma paciente mulher, 91 anos, acamada, segundo notificação hospitalar. Apresentou o início dos sintomas em 16 de fevereiro, vindo a óbito em 15 de março de 2024, havia recebido duas doses da vacina. O 9º óbito foi de uma criança, de 8 meses de idade, sem comorbidade diagnosticada, segundo notificação hospitalar. Os sintomas começaram a aparecer em 7 de março de 2024, vindo a óbito em 15 de março de 2024. Não há registro de que a criança tenha sido imunizada contra o coronavírus. A Prefeitura Municipal de Marília lamenta as duas perdas pela covid-19.

A Secretaria Municipal da Saúde e o secretário municipal Dr Osvaldo Ferioli Pereira orientam sobre a importância de completar o esquema vacinal.  Para ajudar a evitar novos casos, o secretário municipal ressaltou que a vacinação é importante para diminuir as chances de complicações de saúde.

Atualmente, todas as unidades básicas de saúde possuem vacina contra a covid-19. No entanto, a procura pelo imunizante tem sido pequena e, desta forma, o público-alvo da campanha nacional não completou o esquema vacinal. O Ministério da Saúde estabelece que o público-alvo é formado por idosos com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas. Tais grupos devem receber uma dose de reforço com a vacina bivalente a cada seis meses.

Já o restante dos grupos devem retomar a vacina anualmente. Entre esses grupos estão pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, indígenas, ribeirinhos, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, pessoas comorbidade, pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos, funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua. As crianças também fazem parte do calendário vacinal e a imunização deve ser iniciada a partir dos 6 meses de idade.

No grupo com 60 anos ou mais, por exemplo, todos os moradores de Marília deveriam ter recebido a dose de reforço com vacina bivalente contra covid-19. No entanto, apenas 8,84% procuraram uma unidade de saúde para se imunizar. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) calculou no Censo 2022 que a cidade tem 44.835 moradores com 60 anos ou mais, isso significa que apenas 3.963 idosos estão com o esquema vacinal completo.

Nebulização

No combate a dengue e no enfrentamento ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti, quatro áreas estão passando por intensificação de bloqueio para a nebulização do sistema NAV (nebulização com utilização de veículo). A previsão é de aplicar a nebulização na próxima semana nos bairros Alto Cafezal e em três pontos da zona Norte, principalmente nas imediações do Jardim Santa Antonieta. “Estamos com sazonalidade de outros vírus, como os respiratórios e dengue”, observou a supervisora da Vigilância Epidemiológica e membro do comitê municipal de enfrentamento, Alessandra Arrigoni. A causa de óbito pode continuar se alterando no registro pois depende de investigação. “Os dados dos óbitos, muitas vezes, só é possível concluir após meses de investigações de muitos prontuários, laudos, exames e cronologia da doença, portanto definir o que realmente fez o paciente vir a óbito não é simples”, frisou.

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