Mais de 1,2 mil consumidores de todo o Brasil notificaram reações adversas após o uso do creme dental Colgate Total Prevenção Ativa Clean Mint até o final de maio. A nova versão do produto, que passou por reformulação em sua composição e nome, começou a apresentar problemas logo após chegar ao mercado, o que levou à proibição temporária de sua venda.
No fim de março, a comercialização do produto foi suspensa após relatos de sintomas como ardência, inchaço, aftas, dores e irritações na boca — alguns deles tão intensos que chegaram a interferir na fala e na alimentação. Inicialmente, apenas 13 notificações haviam sido registradas. Com o tempo, o número aumentou significativamente, passando de 1.200 casos reportados.
Apesar de uma decisão judicial ter liberado momentaneamente a venda do produto em 30 de março, a proibição foi restabelecida cerca de um mês depois, diante do aumento expressivo das queixas. A suspensão segue válida enquanto os órgãos responsáveis investigam a origem das reações.
A Anvisa determinou uma análise técnica sobre os ingredientes da nova fórmula. Em julho de 2024, o creme dental passou a utilizar fluoreto de estanho no lugar do fluoreto de sódio como princípio ativo. Além disso, a hipótese de que aromatizantes com óleos essenciais, corantes e aditivos possam estar provocando reações também está sendo considerada, já que essas substâncias possuem potencial alergênico.
A Colgate afirmou que está tratando cada caso individualmente e que continua colaborando com as autoridades sanitárias para esclarecer a situação. A empresa também reforçou que os seus produtos seguem os padrões internacionais de segurança e qualidade, mas admite que, em casos isolados, algumas pessoas podem apresentar sensibilidade a determinados componentes de higiene pessoal e cosméticos.
A orientação geral é que consumidores que notarem qualquer desconforto com o uso da pasta interrompam imediatamente a aplicação e busquem orientação médica caso os sintomas persistam.