A dor por trás da coragem: a história de Jade Damarell e a importância de falar sobre saúde mental

Uma jovem mulher britânica, Jade Damarell, de 32 anos, morreu em um salto de paraquedas na Inglaterra, agora a causa foi oficialmente confirmada como suicídio na última semana pelo legista Leslie Hamilton. Jade era experiente com mais de 500 saltos realizados. Ela era amada e admirada pela família, amigos e a comunidade de paraquedismo e considerada uma atleta zelosa e dedicada.

Uma jovem mulher linda, loira de olhos verdes, saudável, no ápice de sua forma física. Obviamente Jade era corajosa pois para dar um salto de paraquedas é necessária muita coragem e ela já tinha passado nesse teste extremo quinhentas vezes. Só no dia anterior a sua morte ela já havia saltado seis vezes.

Bastou uma desilusão amorosa, após o término de um breve namoro de oito meses com outro paraquedista, para que Jade tomasse uma decisão irreversível. Ela na hora do salto ela não abriu o paraquedas e desligou o sistema de emergência. Deixando mensagens de despedida para sua família no celular. Foi uma queda de 4.600 metros.

Estima-se que ela demorou cerca de 70 segundos para se chocar contra o solo, inacreditavelmente ela não entrou em pânico, pelo contrário, durante a queda ela ainda gravou uma mensagem para a mãe e acondicionou o celular de forma que ele não espatifasse no impacto.

O trágico incidente ocorreu no County Durham, nas cercanias da cidade de Newscastle. Esse tipo de atitude é quase inconcebível para a maioria das pessoas. Não obstante é mais comum do que deveria ser. A família a descreveu a jovem como “brilhante, bela, audaciosa, uma pessoa realmente extraordinária”. Num gesto nobre a família disse que estavam atendendo a imprensa para falar, sem constrangimentos, sobre a morte da amada filha, Jade Damarell, para “contribuir com uma cultura onde problemas psicológicos sejam entendidos com apoio e gentileza, onde pessoas que passam por um forte stress sejam capazes de buscar apoio sem medo de julgamentos ou críticas”.

Olhando de fora, poderíamos dizer: que mulher linda, poderia ter a pessoa que desejasse. Verdade. Porém só ela sabe a dor que carregava dentro de si e achou de forma errada que era o fim de tudo. No futuro poderia ter reatado o relacionamento com o namorado ou conhecido seu verdadeiro amor. Vamos tomar a morte da Jade como alerta, pois muito jovens após uma desilusão amorosa desistem de viver deixando seus sonhos pra trás e uma família dilacerada. É extremamente importante conversar sobre o assunto e a importância da rede de apoio para que a pessoa se fortaleça e veja outros caminhos.

Os números são alarmantes, segundo dados da OMS são cerca de 700.000 suicídios por ano, ou seja, quase 2.000 suicídios por dia no mundo. É como se todos os habitantes de uma cidade do porte Sorocaba simplesmente deixassem de existir. Ano após ano. É de extrema urgência tratar e estudar o assunto.

Não sou uma teórica do assunto, senti na pele esse drama, a um ano meu filho Diego Wendell de 24 anos desistiu de viver deixando um rastro de dor. Dor essa que não desejo a nenhuma família.

 

Sandra Campos é empresária e ativista pró-vida – insta: @sandracamposaaa

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