O remake de “Vale Tudo”, exibido no horário nobre da Globo, se aproxima do último capítulo em meio a reviravoltas no roteiro, debates sobre representatividade e números de audiência abaixo das expectativas. A novela termina em 17 de outubro, prometendo mexer novamente com o público, assim como a versão original de 1988.
Nos capítulos finais, um dos focos será a mudança de rumo de Freitas (Luis Lobianco). O personagem, que até então mantinha um relacionamento com Eugênio (Luis Salem), aparecerá ao lado de um novo parceiro: Will, personagem inédito que se envolve no desvio de dinheiro da TCA. A gravação do desfecho está marcada para esta sexta-feira (3), na Praia do Grumari, no Rio.
A ausência de Eugênio nos roteiros gerou especulações, inclusive sobre sua possível ligação com a morte de Odete Roitman (Débora Bloch) — mistério que resgata o suspense da trama original. Nos bastidores, também se cogita a possibilidade de Odete reaparecer viva, em uma virada que colocaria em xeque o destino de Marco Aurélio (Alexandre Nero) e traria de volta a célebre provocação dos anos 1980.
O elenco tem elogiado a ousadia da autora Manuela Dias, mas também apontado falhas na condução de personagens LGBTQIAPN+. Luis Lobianco, por exemplo, destacou que esperava maior desenvolvimento do arco de Laís (Lorena Lima) e Cecília (Maeve Jinkings), algo que acabou frustrando parte do público que cobra protagonismo real, e não apenas simbólico.
Apesar das viradas e da relevância histórica da obra, a audiência não acompanhou o peso do clássico: a novela acumula média de 23 pontos, desempenho considerado baixo para o horário nobre e à frente apenas de “Um Lugar ao Sol” e “Mania de Você”.
Com o fim de “Vale Tudo”, a Globo aposta em “Três Graças”, de Aguinaldo Silva, que estreia em 20 de outubro com a missão de recuperar a audiência do principal horário da emissora.