Homem de 40 anos morre à espera de leito hospitalar; Este é o segundo caso em menos de uma semana

CRIANÇA MORRE ATROPELADA

Um homem de 40 anos morreu enquanto aguardava uma vaga hospitalar na cidade de Bauru, na última quarta-feira (10). Diego Rodrigues Aparecido Custodio estava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Bela Vista, esperando ser internado em um hospital. Este é o segundo caso de óbito na fila de espera por um leito hospitalar no município em menos de uma semana.

Segundo a Prefeitura de Bauru, Diego retornou à UPA às 10h49 da quarta-feira (10) apresentando febre, sintomas gripais e um quadro de esforço respiratório com saturação de 85%. Ele foi encaminhado para a sala de emergência e, após uma queda na pressão arterial, foi intubado. A equipe médica solicitou uma vaga de internação hospitalar com status de prioridade via Sistema Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross). No entanto, o paciente não resistiu e faleceu na tarde do mesmo dia.

A Prefeitura informou que Diego havia estado na UPA nos dias 8 e 9 de julho, reclamando de dor de garganta. Em nota, a Secretaria de Saúde de Bauru afirmou que o paciente recebeu toda a assistência e cuidados necessários até a liberação da vaga hospitalar solicitada ao estado.

Mortes na Fila

Até junho deste ano, pelo menos 71 pessoas morreram na fila de espera por um leito hospitalar em Bauru, de acordo com o Departamento de Emergência e Unidades de Pronto Atendimento da cidade. Aproximadamente 65% dessas mortes ocorreram no primeiro trimestre de 2024.

Dados da Prefeitura de Bauru indicam que, até às 9h desta quinta-feira (11), 47 pacientes ainda aguardavam um leito nas UPAs e no Pronto-Socorro Central.

Bauru possui quatro UPAs e um Pronto-Socorro Central, que funciona de portas fechadas. Após a consulta médica, o paciente pode precisar de internação, necessitando aguardar na fila da Cross para ser transferido para um hospital da cidade. Atualmente, todos os hospitais de Bauru são vinculados ao estado de São Paulo.

Desde 2013, a Secretaria Municipal de Saúde é obrigada, por meio da Lei Municipal 6.384, a disponibilizar a relação de pacientes aguardando vagas para internações.

Por fim, leia mais O Mariliense

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