O Papa Francisco, conhecido por sua modéstia e aversão aos luxos do Vaticano, surpreendeu o mundo ao anunciar mudanças significativas nos ritos fúnebres papais, tornando-se o primeiro pontífice a escolher ser sepultado fora do Vaticano em mais de um século. Em uma entrevista exclusiva à televisão mexicana N+, transmitida na noite de terça-feira (12) em celebração à festa de Nossa Senhora de Guadalupe, o pontífice, prestes a completar 87 anos no domingo (17), revelou seus planos para o último adeus.
O Papa, que demonstrou estar plenamente recuperado de uma recente bronquite, abordou diversos temas, desde sua saúde até suas relações com o falecido Papa Bento 16. Rindo com frequência, Francisco compartilhou detalhes sobre sua colaboração com o mestre de cerimônias do Vaticano, arcebispo Diego Ravelli, na simplificação dos rituais fúnebres, quebrando tradições mantidas por seus antecessores.
Ao longo de seu papado, Francisco optou por um estilo simples, evitando ornamentos tradicionais, como a “mozzetta” e os icônicos “sapatos de pescador” vermelhos. Em vez disso, o Papa mantém a simplicidade, utilizando os mesmos sapatos pretos e uma cruz prateada que carregava como arcebispo de Buenos Aires. Seu compromisso com a humildade também se estende a gestos filantrópicos, como doar seu relógio de plástico para leilões beneficentes.
Revelando um toque pessoal único em sua decisão final, o Papa Francisco expressou sua devoção à Maria, a Mãe de Deus, ao escolher ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. Este local especial, onde o Papa costuma rezar antes e depois de suas viagens ao exterior, destaca-se como um gesto simbólico de sua fé e devoção.
Enquanto muitos papas repousam nas criptas sob a Basílica de São Pedro, o Papa Francisco seguirá os passos de Leão 13, que, em 1903, foi o último pontífice a ser sepultado fora do Vaticano, encontrando seu lugar final na Basílica de São João de Latrão, em Roma.
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