Em um anúncio que ecoa pelo mundo, o governo japonês confirmou a programação para lançar as águas residuais radioativas tratadas e diluídas da Central Nuclear de Fukushima Daiichi no oceano, a partir de quinta-feira (24).
O aval final foi concedido pelo primeiro-ministro, Fumio Kishida, durante uma reunião dos ministros envolvidos no plano. Ele instruiu a Tokyo Electric Power Company Holdings (Tepco), operadora da central, a dar início ao processo de descarga, desde que as condições climáticas permitam.
Este marco representa quase 12 anos e meio após a catastrófica fusão nuclear desencadeada pelo terremoto e tsunami de março de 2011.
Com expectativa de esgotamento do espaço de armazenamento na Central de Fukushima Daiichi no início de 2024, cerca de 1,33 milhão de toneladas de água – proveniente de chuvas, águas subterrâneas e injeções necessárias para resfriar os reatores nucleares – precisam ser liberadas para evitar riscos de vazamentos acidentais dos tanques.
Apesar da aprovação da Agência Internacional de Energia Atômica, o plano gerou apreensão em países vizinhos, resultando em protestos na Coreia do Sul e na proibição chinesa da importação de certos alimentos de dez províncias japonesas.
No final de junho, o comissariado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês em Macau criticou a iniciativa japonesa, classificando-a como irresponsável e violadora do direito internacional.
Enquanto o governo sul-coreano vem realizando diversos testes para assegurar que não haverá riscos de contaminação ambiental ou alimentar decorrentes das descargas, a decisão de lançar águas radioativas no oceano continua a desencadear intensos debates e preocupações em nível global.
Por fim, leia mais O Mariliense