Alerta Urgente: Colapso Climático Global Pode Acontecer Antes do Previsto, Adverte Estudo

CIDADES COSTEIRAS
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Um estudo recente publicado na revista Nature Sustainability revela que o colapso climático global pode ocorrer muito mais cedo do que se imaginava. Os pesquisadores alertam que ultrapassar um único limite pode desencadear uma aceleração catastrófica dos demais, colocando em risco pelo menos um quinto dos ecossistemas mundiais.

O professor Simon Willcock, autor do estudo, enfatiza que o colapso pode chegar antes do previsto: “Pode acontecer mais cedo do que se pensa. Podemos dizer realisticamente que seremos a última geração a testemunhar a grandiosidade da Amazônia”. Essa conclusão alarmante, no entanto, não encerra o debate sobre as mudanças climáticas, que continua sendo objeto de inúmeras pesquisas.

Embora seja amplamente conhecido que o aquecimento global e o uso de combustíveis fósseis estão interligados, a ciência dos limites climáticos ainda está em estágio inicial e pouco explorada. As Nações Unidas têm adotado uma abordagem mais cautelosa e estabelecem o limite climático crítico para a Amazônia por volta do ano 2100. No entanto, cientistas brasileiros alertam que a Amazônia pode sofrer uma catástrofe muito antes do previsto devido ao desmatamento e às mudanças nas temperaturas.

Além disso, fatores como a redução dos caudais de água, a degradação e a poluição dos rios (causadas pela exploração mineral) podem acelerar o colapso do “pulmão do mundo”. O estudo, citando o The Guardian, revela que os cientistas analisaram múltiplos ecossistemas e consideraram milhares de variáveis para compreender como eventos extremos podem levar a colapsos climáticos. Também destacaram que mesmo ecossistemas sustentáveis estão sujeitos a outros fatores de estresse que podem desencadear uma reversão dessa sustentabilidade.

Embora o estudo apresente limitações, os autores enfatizam a necessidade de uma ação urgente por parte dos legisladores. O professor John Dearing, coautor do estudo, explica: “Estudos anteriores sobre os limites climáticos já sugeriram custos econômicos e sociais muito elevados na segunda metade do século 21. No entanto, nossas conclusões indicam que esses limites podem ser ultrapassados antes mesmo desse período”.

Para Simon Willcock, as conclusões do estudo são “devastadoras”. Ele destaca que pequenas mudanças podem ter um impacto extremamente positivo e ressalta que essa lógica também pode ser aplicada no sentido contrário. Segundo ele, ao aplicarmos pressão positiva, é possível observar melhorias rápidas nos ecossistemas. Contudo, Willcock alerta que o relógio está avançando muito mais rápido do que se pensa, demandando ações imediatas para evitar consequências irreversíveis.

 

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