Nesta quinta-feira (8), Manuela Vitória de Araújo Farias, uma brasileira presa desde janeiro após ser flagrada no aeroporto de Bali, na Indonésia, com quase 3 quilos de cocaína, foi julgada e condenada a 11 anos de prisão, além do pagamento de 1 bilhão de rúpias indonésias, equivalente a cerca de R$ 300 mil.
A sentença, considerada um “milagre” pela defesa, foi divulgada pelo advogado responsável. Na Indonésia, são previstas penas severas como pena de morte e prisão perpétua para a maioria dos casos desse tipo.
O Ministério Público da Indonésia havia solicitado inicialmente uma pena de 12 anos de prisão para a jovem. Manuela, que partiu de Florianópolis com a droga apreendida em sua bagagem em dezembro de 2022, permanece detida.
Segundo o advogado Davi Lira da Silva, que representa a família no Brasil, ela cumprirá a pena em regime fechado na Indonésia. Não há possibilidade de transferência para o Brasil, mas existe a perspectiva de progressão de regime no futuro.
O julgamento teve início em abril, dois meses após Manuela ser acusada de tráfico de drogas. A brasileira, de 19 anos, foi detida com aproximadamente 3 quilos de cocaína em sua bagagem.
De acordo com a defesa, Manuela foi cooptada como “mula” por uma organização criminosa de Santa Catarina, que a enganou oferecendo férias e aulas de surfe. A Embaixada do Brasil no país auxiliou no contato dela com os familiares após sua prisão.
Manuela possui residência em Santa Catarina, onde sua mãe vive, e no Pará, onde reside seu pai. Antes de sua detenção, ela trabalhava como autônoma, vendendo perfumes e lingeries no Brasil.
A Polícia Civil de Santa Catarina não divulgou detalhes sobre a suposta organização criminosa, alegando sigilo nas investigações.
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