Com a chegada da pandemia de Covid-19 no início do ano passado, muitos casais que já estavam planejando o casamento desde 2019 precisaram adiar a realização deste sonho. A paralização de diversos setores e serviços, incluindo o de eventos (um dos mais prejudicados pela pandemia) e o medo de contrair a doença causada pelo novo coronavírus obrigou a maioria dos casais a remarcarem a data do casório.
Quem já estava com a data da festa marcada e com os contratos de fornecedores fechados desde antes da pandemia, ainda conseguiu segurar os gastos e valores de diversos serviços realizando negociações, acordos e remarcando a data para 2021. Este ano com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e com a pandemia ficando mais controlada, os casais estão finalmente conseguindo retomar e realizar o sonho de se casar.
Mas, para quem não fechou contrato antes da pandemia, no entanto, casar em 2021 ficou mais caro. Conforme valores apurados em um buffet da Zona Leste de São Paulo, uma festa para 50 pessoas em 2020, com a opção de cardápio mais barata e locação do espaço custava R$ 23.650.
Em 2021, o valor para um evento idêntico subiu para R$ 25.150. Já quem quiser deixar para 2022 uma festa no mesmo padrão vai desembolsar R$ 26.900. A simulação do evento não inclui decoração – que não sai por menos de R$ 5 mil -, nem som, DJ e iluminação, que fica em torno de R$ 4 mil.
Expectativas do setor
De acordo com dados de um site especializado em organização e consultoria de casamentos, 150 mil bodas devem ser organizadas pela empresa www.casamentos.com.br até o final de 2021. “O avanço da vacinação e a queda na transmissão do vírus coincidem com a celebração dos enlaces previstos para o final do ano”, aponta a empresa, que registrou aumento de 92% no número de novos usuários, nos últimos seis meses.
A busca por fornecedores segue a tendência positiva. O número de pedidos de orçamentos desde o início de outubro deste ano é 35% maior do que as solicitações de orçamentos de fornecedores feitas por casais no mesmo período de 2019.
A empresa especializada espera fechar o ano com mais de 700 mil casamentos celebrados no país, muito próximo das cifras de 2020 que ainda teve um primeiro trimestre pré-pandêmico, mas ainda longe das cifras de 2019, quando organizou ou assessorou mais de 965 mil casamentos pelo país.
Os dados mostram que seis em cada dez casais adiaram a data de casamento marcada para 2020. Boa parte deles remarcaram para até dezembro de 2021. Tradicionalmente os meses de setembro a dezembro estão entre os mais procurados para esse tipo de celebração. Um em cada três dos noivos que buscaram o site pretendem convidar até 150 pessoas; apenas 15% terão no máximo 50 convidados.
Tendências
Além da diminuição no número de convidados, outras tendências foram observadas em celebrações marcadas para 2021, pensando na segurança e na economia. Casais buscam cada vez mais eventos durante o dia e ao ar livre, assim como festas mais intimistas, onde apenas a família participa. Para quem não abre mão de dividir o dia com muitos amigos, o casamento com transmissão online permite que pessoas de outras cidades acompanhem o momento do sim.
Casar durante a semana é uma opção para quem quer economizar, pois as locações e serviços costumam oferecer descontos entre segunda e quinta-feira.
Outras medidas para evitar filas e aglomerações entre os convidados incluem o momento de servir a comida e a bebida: a tendência é substituir os bares por cardápios de coquetéis e drinks que o próprio convidado leva até sua mesa. Já o sistema de self-service vem sendo substituído por pratos montados e servidos nas mesas.
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Fonte: Agencia Brasil